Em funeral do papa, Lula defende diálogo para a guerra na Ucrânia e para massacre em Gaza

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou, hoje, das solenidades do funeral do papa Francisco, em Roma. Após a cerimônia, o petista prestou uma homenagem ao legado do pontífice, e disse desejar que o próximo líder da Igreja Católica seja como ele.

“Eu tenho um apreço muito grande pelo comportamento como homem, como religioso, ao papa Francisco. Então eu acho que foi uma dívida que nós pagamos a um homem que prestou serviços à humanidade”, afirmou Lula. As informações são do g1.

“Quisera Deus que o próximo papa fosse igual a ele, com o mesmo coração dele, os mesmos compromissos religiosos dele, com os mesmos compromissos com o combate à desigualdade, que tem o papa Francisco”, prosseguiu.

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Cerca de 50 chefes de Estado acompanharam a missa na capital italiana, incluindo o presidente Lula. Entre eles, também estão o do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, da Ucrânia, Volodymyr Zelensky e o da Argentina, Javier Milei.

“Eu volto para o Brasil certo de que nós cumprimos o nosso dever, como cristãos, como religiosos e como políticos, de vir no enterro de uma pessoa admirável como o papa Francisco”, disse Lula, antes de embarcar de volta ao Brasil.

Fim das guerras

O presidente também reiterou que espera que os líderes globais consigam avançar nas negociações para o encerramento da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, e para um fim da “violência de Israel contra a Faixa de Gaza”.

Antes da missa em homenagem ao papa, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump tiveram uma conversa, na Basílica de São Pedro.

Questionado sobre o que achou do encontro, Lula disse esperar que as negociações para a paz avancem.

“Eu não sei o que eles conversaram, eu não posso intuir a conversa. Eu acho que o que é importante é que se converse para encontrar uma saída para essa guerra, porque essa guerra está ficando sem explicação. Ou seja, ninguém consegue explicar, e ninguém quer falar em paz”, disse Lula.

Trump e Zelensky discutem há meses um acordo de paz na guerra entre Rússia e Ucrânia.

“O Brasil continua teimando que a solução é a gente fazer com que os dois sentem na mesa de negociações e encontrem uma solução, não só pra Ucrânia e para a Rússia, mas também para a violência que Israel comete contra a Faixa de Gaza”, prosseguiu Lula.

Lula também disse que não cumprimentou o presidente Trump. Os dois não conversaram desde que o republicano tomou posse, em 20 de janeiro. A relação entre Brasil e Estados Unidos, no entanto, tem sido comentada pelo norte-americano, em meio ao chamado “tarifaço”.

Em uma entrevista publicada ontem, Trump afirmou que o Brasil é um dos países que “sobrevivem” e que “ficaram ricos” impondo tarifas sobre as importações americanas.

“Não, não cumprimentei [o Trump] porque estava conversando com o meu pessoal sobre a segurança na saída, que estava uma confusão muito grande, e eu não cumprimentei, não olhei nem pro lado. Eu não vi o Trump, na verdade”, afirmou Lula.

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