Secretaria de Saúde de MG é notificada de suspeita de botulismo em caso de torta

As amostras clínicas dos pacientes estão sob análise da Rede Nacional de Vigilância Laboratorial

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Reprodução/YouTube/Band Jornalismo

A Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais confirmou que recebeu a notificação de três casos suspeitos de intoxicação por botulismo, possivelmente relacionados à torta consumida em uma padaria de Belo Horizonte.A pasta ressaltou, porém, que as amostras clínicas dos pacientes estão sob análise da Rede Nacional de Vigilância Laboratorial.Também foram coletadas amostras de alimentos como frango desfiado, milho verde, água e sobras que ficaram na vasilha da torta consumida pelas vítimas. A Polícia Civil também faz análise laboratorial dos itens.Uma idosa de 75 anos, a sobrinha dela, de 23, e o namorado da jovem, 24, seguem intubados após terem consumido a torta na última segunda-feira (21). Os três passaram mal no dia seguinte.O casal, que havia visitado a idosa na capital mineira, estava internado no hospital municipal de Sete Lagoas, cidade onde moram, e receberam o tratamento com soro antitoxina botulínica no mesmo dia da entrada na unidade, diante de seu quadro médico.Eles foram transferidos nas últimas horas para um hospital particular de Belo Horizonte, cidade onde a idosa está internada e também recebeu tratamento para botulismo.O botulismo é uma intoxicação grave causada pela bactéria Clostridium botulinum, que produz a toxina botulínica, usada no botox e encontrada na natureza, capaz de causar paralisia e perda de reflexos no corpo ao atingir o sistema nervoso e, nos casos mais graves, morte.Segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), as práticas incorretas de manipulação dos alimentos podem levar à contaminação do alimento e causar doenças como o botulismo.O padeiro apontado como responsável pela fabricação do salgado negou ter envenenado o alimento. Ele disse que a torta pode ter sido contaminada diante das más condições de armazenamento dos produtos no local.A Padaria Natália, localizada no bairro Serrano, foi interditada na última quarta-feira pela Vigilância Sanitária da capital por não possuir alvará sanitário. O órgão disse que os agentes encontraram irregularidades de higiene e estrutura sanitária.Procurado para comentar as acusações do padeiro, o dono do estabelecimento não respondeu aos contatos da reportagem.Na quarta, ele afirmou à Folha de S.Paulo suspeitar que o funcionário, contratado em regime temporário, poderia ter envenenado a torta para matar a esposa e se confundido na hora de levar o alimento para casa.A Polícia Civil ouviu o padeiro e o dono do local e segue investigando o caso.

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