Empresa goiana que produz robôs automatizados por IA pode se beneficiar de guerra comercial entre China e EUA

Buscando se expandir internacionalmente a partir da “brecha” da guerra comercial entre China e Estados Unidos, a empresa goiana de Inteligência Artificial (IA) e robótica – Synkar – planeja mudar o cenário econômico e tecnológico brasileiro: começar a exportar tecnologia, considerado um mercado tímido no Brasil, se comparado a potência norte-americana e asiática. 

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Fundada por Matheus Theodoro, Evandro Barros e Lucas Assis — este último doutor em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Goiás (UFG) —, a empresa é responsável por desenvolver robôs autônomos comandados por Inteligência Artificial (IA). Medindo 54 cm de largura e 82 cm de comprimento, cerca de 20 dispositivos já estão no mercado, com o objetivo de otimizar a logística comercial, oferecendo agilidade, conveniência, economia e sustentabilidade.

Atualmente, os  robôs estão em operação em shoppings, indústrias e centros logísticos no Brasil, Canadá e Irlanda. No Brasil, eles estão distribuídos em Goiás e São Paulo. 

“O conceito inicial da Synkar nasceu em 2018. A gente percebeu que existe uma necessidade muito grande de melhorar os processos logísticos que temos não só aqui no Brasil. Temos uma indústria logística extremamente manual, eficiente, que consome 13% do PIB do Brasil”, explica o CEO da Synkar, Lucas.

Equipados com câmeras capazes de processar as imagens captadas, esses robôs são projetados para operar de forma customizada, atendendo às necessidades específicas dos clientes, como armazéns, shoppings, indústrias e farmácias. Os aparelhos são comercializados, em média, entre R$ 4 e R$ 7 mil.

O número operando globalmente pode chegar a cerca de 320, com a pré-venda de 300 robôs, segundo o empresário. Mesmo com a expansão, Lucas diz que a tecnologia desenvolvida pela empresa não tem como objetivo substituir a mão de obra humana, visto que os robôs serão coordenados. 

“E esse ano a gente começa a abordar o mercado de condomínios também com esse tipo de solução, para aliviar essa logística interna dentro dos condomínios. Além de ser um problema logístico, também é um problema muito grande de segurança dos próprios condomínios”, reforça.

Como funciona?

Para usar o robô, no caso de empresas da delivery, por exemplo, o cliente precisa acessar o aplicativo digital e informar a sala comercial ou ponto de entrega onde deseja receber a encomenda. Após o pagamento e escolha dos itens, todos os dados são enviados para o restaurante que prepara e coloca tudo dentro do compartimento do robô, que realiza a entrega absolutamente sozinho. 

Os robôs acessam elevadores sem que haja orientação humana, muitas vezes conversando com clientes durante o percurso e também orientando todos os passos para a retirada da entrega. O robô possui um compartimento interno que comporta até 35 kg e garante a preservação da temperatura de alimentos e bebidas durante o transporte.

“Sempre vai ter um humano interagindo e o robô está economizando passos desse humano, deixando ele mais eficiente em um trabalho menos exaustivo e mais qualificado. A nossa aplicação e o valor que ela oferece para o mercado”, concluiu.

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