Desde o início do outono, no dia 20 de março, já é possível perceber mudanças no comportamento da luz solar. O sol, que costumava surgir radiante por volta das 6h da manhã, agora demora um pouco mais para aparecer. A sensação de que o relógio está “errado” é comum para quem ainda usa o sol como referência para o início do dia.
Para o próximo domingo, 20, por exemplo, o nascer do sol está previsto para 6h26, e o pôr do sol às 18h05. Esse fenômeno está relacionado ao equinócio de outono, que marca o início da estação no Hemisfério Sul — enquanto o Hemisfério Norte entra na primavera. O equinócio ocorre quando os raios solares incidem diretamente sobre a Linha do Equador, fazendo com que os dois hemisférios recebam a mesma quantidade de luz solar, equilibrando a duração dos dias e das noites.
Com o avanço do outono, os dias passam a ficar progressivamente mais curtos e as noites mais longas. O gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), André Amorim, explicou ao Jornal Opção que esse é um processo natural e recorrente. “O outono é uma estação de transição entre o verão e o inverno. Durante esse período, temos dias mais curtos e noites mais longas”, destaca Amorim.
Ele pontua que a percepção de mudança na iluminação solar não é apenas uma sensação subjetiva, mas uma alteração real. “No verão, por exemplo, os dias são mais longos. Essa diferença é um ciclo natural”, reforça.
Além da mudança no tempo de claridade, o outono traz consigo temperaturas mais amenas, céu mais limpo e a sensação de que o dia “passa mais rápido”. A tendência é que os períodos de luz solar continuem diminuindo até o início do inverno, que começa oficialmente em 21 de junho. Nesta data ocorre o solstício de inverno, conhecido por ser o dia com a menor duração do ano no Hemisfério Sul.
Já no solstício de verão, em dezembro, o oposto acontece: os dias são mais longos, e as noites, mais curtas — lembrando que no Hemisfério Norte, essa dinâmica ocorre de forma inversa.
Para quem acorda cedo e se surpreende com a ausência do sol no céu, a recomendação é simples: confiar no relógio digital.
Entenda os fenômenos astronômicos que marcam as estações do ano
As estações do ano são determinadas por fenômenos astronômicos que ocorrem devido à inclinação do eixo da Terra e sua órbita ao redor do Sol. Esses eventos, conhecidos como solstícios e equinócios, indicam o início de cada estação e afetam diretamente a duração dos dias e das noites.
O equinócio de outono, que ocorre por volta de 20 de março, marca o início do outono no hemisfério sul. Nesse momento, o dia e a noite têm a mesma duração. A mesma igualdade acontece no equinócio de primavera, em 22 de setembro, quando tem início a estação das flores.
Já os solstícios apresentam maior contraste entre a duração do dia e da noite. O solstício de inverno, em 21 de junho, é o dia mais curto do ano e, consequentemente, a noite mais longa. Em contrapartida, o solstício de verão, que acontece em 21 de dezembro, marca o dia mais longo do ano, com a noite mais curta.
Esses marcos astronômicos influenciam não apenas o clima e os ecossistemas, mas também diversas tradições culturais e agrícolas ao redor do mundo.
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