
Corpo de Bruno Silva Teixeira, 23 anos, foi encontrado às margens do Rio Paranaíba, em Coromandel, no dia 2 de abril. Ele foi espancado e morto por pelo no dia 25 de janeiro por conta de uma dívida e um plano de vingança dos suspeitos. Bruno Silva Teixeira estava desaparecido desde o dia 25 de janeiro
Reprodução/Redes Sociais
A Polícia Civil concluiu as investigações do assassinato de Bruno Silva Teixeira, de 23 anos, e indiciou os quatro investigados pelo crime, nesta quarta-feira (16), em Patos de Minas. A vítima ficou desaparecida por três meses e o corpo dela foi encontrado no dia 2 de abril às margens do Rio Paranaíba, em Coromandel.
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Segundo o delegado Luís Mauro Sampaio, três jovens de 25 e 26 anos, além de uma mulher de 25, foram indiciados por homicídio qualificado por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e emboscada, além de sequestro, ocultação de cadáver, organização criminosa armada, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
As investigações apontaram que a vítima, quando desapareceu no dia 25 de janeiro, foi atraída para uma casa no Bairro Bela Vista para consumir drogas com outras pessoas. No local, o jovem encontrou com os quatro indiciados.
Ele foi espancado na residência e ficou à beira da morte. Em seguida, os criminosos colocaram o jovem no próprio carro e seguiram até as proximidades do Rio Paranaíba, onde ele foi morto. Após o crime, os indiciados levaram o veículo e o abandonaram no Bairro Boa Vista.
A perícia localizou vestígios de sangue no carro, além de outros materiais que foram recolhidos e encaminhados para a análise. Através das investigações, os policiais concluíram que, no mínimo, quatro pessoas participaram do crime, com divisão de tarefas entre os envolvidos.
Além disso, segundo a PC, a motivação do crime pode estar relacionada com uma dívida entre a vítima e os criminosos, além de um plano de vingança elaborado pelos indiciados.
“O crime foi cometido por múltiplas causas. A vítima tinha um desentendimento com um dos autores por causa de droga. Com outro, Bruno tinha uma relação de vingança, isso porque a vítima havia matado um familiar do suspeito em data anterior. Os outros dois envolvidos instigaram o crime”, explicou o delegado Luís Mauro Sampaio.
Corpo de Bruno foi encontrado três meses depois
Segundo o delegado, o corpo de Bruno foi encontrado por um pescador. No local, a identificação foi feita com base nas roupas e outros elementos reconhecidos por familiares da vítima, já que o corpo estava em avançado estado de decomposição.
“Devido a decomposição do corpo, os familiares identificaram o corpo por peças de roupa que eles sabiam que ele usava no momento do crime, como cintos, sapatos, etc. O corpo foi encontrado às margens do rio porque, provavelmente, foi levado pela enchente que aconteceu nos últimos dias até parar naquele local”, explicou o delegado.
Em coletiva de imprensa realizada no dia 27 de março, em Patos de Minas, a Polícia Civil informou que Bruno Silva Teixeira foi assassinado e teve o corpo escondido por, pelo menos, quatro pessoas.
Na ocasião, foram cumpridos quatro mandados de prisão temporária e outros dois mandados de busca e apreensão durante a Operação Monstros.
A operação recebeu esse nome devido à crueldade e falta de empatia dos criminosos, segundo Luís Mauro. “Nem nas guerras mais infames aconteceu algo do tipo. Eles não permitem nem que a família tenha um último momento para se despedir do corpo da vítima”, disse o delegado na época.
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