O ex-presidente do Peru, Ollanta Humala, e sua esposa, foram condenados a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro no caso das propinas da empreiteira Odebrecht e da Venezuela para suas campanhas de 2011 e 2006, respectivamente. A sentença ocorre após mais de três anos de audiências contra o ex-presidente.
Humala governou o Peru entre 2011 e 2016. O líder, de 62 anos, aguardou a sentença final em liberdade.
Em 2016, a Odebrecht reconheceu que pagou dezenas de milhões de dólares em propinas e doações eleitorais ilegais no Peru desde o início dos anos 2000. “Não foi provado que entrou dinheiro da Venezuela em 2006 e nunca se corroborou que entrou dinheiro da Odebrecht em 2011”, afirmou Wilfredo Pedraza, advogado de Humala.
O Ministério Público do Peru acusou o ex-presidente de lavagem de dinheiro para ocultar o recebimento de US$ 3 milhões da empreiteira para a campanha de 2011, vencida por ele. Nadine Heredia, esposa de Humala, também foi acusada como cofundadora do Partido Nacionalista.
A acusação afirma que o casal teria desviado quase US$ 200 mil enviados pelo então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, por meio de uma empresa peruana. O Ministério Público havia pedido 20 anos de prisão para o ex-presidente e 26 para sua esposa. O casal nega ter recebido dinheiro de Chávez e de qualquer empresa brasileira.
Segundo o Ministério Público, a Odebrecht também teria dado propina ao ex-presidente Alan García (2006-2011), que se suicidou em 2019 antes de ser detido; Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018), ainda sob investigação, e Alejandro Toledo (2001-2006), condenado a mais de 20 anos de prisão por receber subornos em troca da concessão de obras em seu governo.
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