Revista Mais Nordeste de maio debate universalização do Saneamento Básico

Embora o saneamento básico tenha uma série de externalidades, a universalização prevista para 2033 não vai chegar. E a razão é simples: falta vontade política e dinheiro. É o que a Revista Mais Nordeste vai mostrar na edição de maio. Abaixo, um pequeno pedaço do problema.

“Enquanto não houver vontade política e flexibilização das regras de empréstimos dos bancos públicos, o setor de saneamento continuará com enormes dificuldades para atender a população e chegar à universalização. Vou só citar um exemplo: estamos com dificuldades de expandir a cobertura do saneamento sanitário e de melhorias operacionais em 18 cidades cearenses, por falta de recursos que não são liberados lentidão dos bancos públicos. Só no BNB estão retidos R$ 334 milhões. Estamos negociando há dois anos e, só agora, acabamos aceitando as condições draconianas do Banco. Exigem 30 anos de garantia e um garantidor financeiro para mitigar riscos. Só que que qualquer banco privado diz que as cláusulas estabelecidas pelo BNB são rigorosas em excesso”, disse Neuri Freitas, presidente da Cagece e da Aesbe, durante o III Fórum Internacional Universalizar, realizado em Fortaleza.

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Mas o problema não para só no BNB. Há mais dinheiro retido em dois financiadores públicos, a Caixa – R$ 500 milhões e o BNDES – R$ 790,8 milhões -, totalizando R$ 1,544 bilhão, o que compromete obras já em andamento e a universalização prevista para 2033, que não será alcançada.

O BNB informou que as condições de liberação de recursos são de conhecimento prévio dos clientes e que continua à disposição da Carece para análise de alternativas para o problema. A Caixa disse que não se manifesta sobre operações de crédito, devido ao sigilo bancário. O BNDES não se pronunciou. (Parte das informações foram publicadas no jornal Diário do Nordeste)

A Mais Nordeste de maio trará cobertura do III Fórum Internacional Universalizar, realizado em Fortaleza, nos dias 10 e 11 de abril, onde foram discutidos os caminhos para se chegar a tão difícil universalização e os entraves para se conseguir dinheiro dos bancos públicos a taxas de juros mais baixas.

Acesse a primeira edição da Mais Nordeste: https://lnkd.in/dGsPzb6C

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