Casos de internação por dengue em hospitais privados de SP aumentam 89% em comparação com janeiro, aponta pesquisa


Levantamento do SindHosp mostra que tempo médio de internação também subiu e que pacientes entre 30 e 50 anos são os mais afetados. Faixa etária mais frequente de paciente com dengue concentra-se em pessoas de 30 a 50 anos.
Pixabay / Reprodução
Os casos de internação por dengue em hospitais privados do estado de São Paulo cresceram 89% nos primeiros 15 dias de março, na comparação com o mesmo período de janeiro. É o que aponta uma pesquisa realizada pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp).
O levantamento ouviu 97 hospitais particulares do estado — 65% deles localizados na capital e na Grande São Paulo, e 35% no interior.
Segundo o estudo, em janeiro, 66% das unidades relataram aumento de internações por dengue. Em março, esse número saltou para 89%.
O tempo médio de internação dos pacientes também aumentou, chegando a até 10 dias. A faixa etária mais atingida é a de 30 a 50 anos.
Cresce permanência em UTI
A pesquisa também mostra que as internações em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão durando mais tempo.
Em janeiro, 77% dos hospitais relataram que o tempo de permanência na UTI era de até 4 dias. Já em março, 79% das unidades informaram que o período subiu para entre 5 e 10 dias.
Os pronto-atendimentos também registraram um aumento significativo no número de casos suspeitos de dengue. Em janeiro, 45% dos hospitais relataram aumento na procura. Já em março, este número saltou para 88%.
O levantamento do SindHosp ainda revelou que 32% dos hospitais particulares registraram aumento de até 5% no número de pacientes que testaram positivo para dengue nos últimos 15 dias. Outros 34% informaram crescimento de 6% a 10%.
Na pesquisa anterior, realizada em janeiro, 43% dos hospitais haviam registrado aumento de até 5% nos casos positivos, e 11% relataram crescimento de 6% a 10%.
Outras doenças
No levantamento atual, os hospitais registram 35% de outras doenças respiratórias, 32% de doenças crônicas e 21% de viroses em geral, enquanto na pesquisa de janeiro, 40% registraram viroses em geral, 25% outras doenças respiratórias e 17%, doenças crônicas.
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