O consultor da Secretaria Municipal de Gestão de Negócios e Parcerias (Segenp) e membro do Conselho de Governo de Goiânia, Flávio Rassi, busca alternativas para reativar o Parque Iris Rezende Machado – Mutirama até o mês de julho, com 60% a 70% das atrações funcionando. A principal proposta é estabelecer parcerias com empresas do setor privado para auxiliar na manutenção das atrações do parque, além de considerar outras iniciativas voltadas à revitalização do espaço.
Por exemplo, Rassi sugere que uma das ideias iniciais seria explorar os naming rights (direitos de nome) das atrações de forma individual. Nesse modelo, uma empresa assume a responsabilidade por uma atração específica, realizando os trabalhos necessários de manutenção e operação. Em contrapartida, ela poderá explorar comercialmente a atração do parque como preferir.
“A nossa ideia inicial seria um modelo em que a empresa adota um brinquedo que faça sentido para ela. Assim, ela contribui financeiramente com a manutenção e cuida do equipamento. Em troca, associa a sua marca ao brinquedo e até mesmo ao parque. Vejo que há muitas pessoas interessadas em cuidar das atrações do parque, mas é necessário garantir transparência e segurança jurídica para isso”, explicou Rassi ao Jornal Opção.
Segundo o consultor da Segenp, essa medida não é considerada uma Parceria Público-Privada (PPP). Ele também destaca que esse modelo de contrapartida pode evoluir com a aprovação do projeto do vereador Lucas Kitão (UB), ex-titular da pasta. A matéria sobre os naming rights está em tramitação na Câmara Municipal de Goiânia.
Além de buscar o apoio da iniciativa privada, Rassi também está indo atrás de emendas impositivas para o Mutirama. Ele afirma que o ex-prefeito Rogério Cruz (SD) deixou de utilizar recursos específicos, o que prejudicou o parque. “A gestão passada deixou passar recursos por falta de projetos adequados, mas nós vamos ter projetos organizados e vamos lutar para trazer recursos para a cidade e para os brinquedos do local”, afirmou.
Com a expectativa de deixar o Mutirama operacional até o início de julho, para as férias escolares, a ideia de Rassi é que de 60% a 70% dos brinquedos estejam em funcionamento. “O tempo é muito curto e, se não conseguirmos trazer a iniciativa privada para ajudar, não vamos conseguir. Por exemplo, em dois meses, não é possível nem realizar uma licitação”, justificou o consultor.
Outro ponto que Rassi defende são ações que funcionam em parques temáticos no mundo inteiro para o Mutirama. Por exemplo, shows, desfiles e merchandising. “Não precisa inventar a roda, a gente sabe o que funciona no mundo inteiro. Por exemplo, o parque não tem merchandising, não tem camisetas, bonecos, garrafinhas e personagens. Temos que trazer o que funciona pelo planeta para cá”, defendeu.
Fechado na última semana, o Mutirama sofre com problemas devido à falta de manutenção das atrações. A Segenp está realizando uma avaliação em cada um dos brinquedos para entender a real condição de funcionamento. Também há a possibilidade de o local retomar a cobrança de ingressos para manter suas atividades.
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