O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, defendeu a união entre os países latino-americanos e caribenhos em seu discurso na IX Cúpula da Celac, em Tegucigalpa, Honduras, e, sem citar os Estados Unidos, criticou a alta das tarifas imposta pelo presidente norte-americano, Donald Trump. “Tarifas arbitrárias desestabilizam economia internacional e elevam preço. A história nos ensina que guerras comerciais não tem vencedores”, afirmou. O evento reúne representantes dos 33 países da América Latina e do Caribe. “A América Latina e o Caribe enfrentam hoje um dos momentos mais críticos da história. Percorremos um longo caminho para consolidar nossos ideais de emancipação”, disse Lula.O presidente defendeu que a atuação da região “não deve apenas se orientar por interesses defensivos” e que é preciso um programa de ação estruturada em outros temas, como na defesa da democracia e combate às mudanças climáticas. “É imperativo que a América Latina e o Caribe redefinam seu lugar na nova ordem global que de descortina”, afirmou.A fala do chefe do Executivo vai em linha com apuração do Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na semana passada de que Lula aproveitaria o evento em Honduras para tentar arregimentar as Américas a ampliarem o comércio entre si depois do tarifaço de Donald Trump. Presidentes do México e de Cuba também defendem a união dos países”A esperança hoje é a unidade”, disse a presidente do México, Claudia Sheinbaum, que também defendeu mais integração econômica e respeito à soberania dos países do grupo.O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, foi na mesma linha. “Em um momento em que o mundo vive uma escalada de tensões, com aumento dos conflitos bélicos e aprofundamento das desigualdades, é crucial unir esforços e trabalharmos juntos pelo bem-estar, a paz e a segurança do povo latino-americano e caribenho”, disse ele. “Só a unidade pode nos salvar.”
Na Cúpula da Celac, Lula defende união de países e critica alta de tarifas
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