Refluxo gastresofágico: sintomas e tratamento para evitar complicações


Azia frequente e queimação no peito podem indicar a Doença do Refluxo. Saiba como prevenir e tratar esse problema que afeta milhões de brasileiros Caracterizada pelo retorno do conteúdo do estômago para o esôfago, essa condição pode causar desconforto
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A Doença do Refluxo Gastroesofágico (DRGE) é um distúrbio digestivo que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Caracterizada pelo retorno do conteúdo do estômago para o esôfago, essa condição pode causar desconforto e, se não tratada adequadamente, levar a complicações graves.
Neste especial, vamos abordar o que é a doença, seus principais sintomas, fatores de risco e as formas de prevenção e tratamento. Para esclarecer o tema, conversamos com a médica gastroenterologista Dra. Helen Brambila, da Santa Casa Presidente Prudente.
O que é a Doença do Refluxo?
A DRGE ocorre quando o esfíncter esofágico inferior, uma válvula localizada entre o esôfago e o estômago, não funciona corretamente, permitindo que o ácido gástrico retorne para o esôfago. Esse refluxo pode irritar a mucosa esofágica e provocar sintomas incômodos.
Principais Sintomas
Os sintomas mais comuns da DRGE incluem:
Azia frequente (sensação de queimação no peito);
Regurgitação ácida ou de alimentos;
Dor ou desconforto torácico;
Rouquidão e dor de garganta;
Aftas;
Tosse crônica ou pigarro;
Sensação de nó na garganta;
Dificuldade para engolir (disfagia).
Fatores de Risco e Prevenção
Dentre os fatores que aumentam o risco de desenvolver DRGE estão a obesidade, alimentação rica em gorduras, consumo excessivo de cafeína, álcool e tabagismo. O estresse também pode agravar os sintomas. Algumas medidas ajudam a prevenir a doença, como:
Evitar alimentos gordurosos, ácidos e picantes;
Fracionar as refeições ao longo do dia;
Evitar ingestão líquidos durante a refeição
Evitar comer próximo ao horário de dormir;
Manter um peso saudável;
Dormir com a cabeceira da cama elevada;
Evitar “shots” ácidos pela manhã;
Reduzir o consumo de bebidas alcoólicas e cafeína.
Tratamento
O tratamento pode envolver mudanças no estilo de vida, uso de medicamentos e, em casos mais graves, procedimentos cirúrgicos. Os medicamentos mais comuns são os inibidores da bomba de prótons (como omeprazol e esomeprazol) e antiácidos, que ajudam a reduzir a acidez do estômago.
Para aprofundar o tema, conversamos com a Dra. Helen Brambila, gastroenterologista da Santa Casa Presidente Prudente, que respondeu a algumas questões essenciais sobre a doença.
Dra. Helen Brambila, cirurgiã do aparelho digestivo da Santa Casa Presidente Prudente
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Dra. Helen Brambila responde
O que caracteriza a Doença do Refluxo Gastroesofágico?
A DRGE é caracterizada pelo retorno anormal do conteúdo do estômago para o esôfago, causando inflamação e sintomas desconfortáveis, como azia e regurgitação.
Quais são os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento da DRGE?
Os principais fatores incluem obesidade, maus hábitos alimentares, tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, uso de roupas apertadas e histórico familiar.
Qualquer pessoa pode desenvolver refluxo ou há grupos de risco?
Embora qualquer pessoa possa apresentar sintomas de refluxo ocasionalmente, pacientes com obesidade, gestantes e idosos têm um risco maior de desenvolver a forma crônica da doença.
Como a alimentação influencia no refluxo?
Alimentos gordurosos, frituras, chocolate, café, bebidas gaseificadas e ácidas aumentam a produção de ácido no estômago, piorando os sintomas.
O estresse pode piorar o quadro de refluxo?
Sim. O estresse pode desencadear alterações hormonais que afetam o funcionamento do sistema digestivo, contribuindo para o agravamento do refluxo.
Obesidade, alimentação rica em gorduras, consumo excessivo de cafeína, álcool e tabagismo estão entre os fatores de risco para a doença
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Quando é necessário procurar um médico?
Caso os sintomas ocorram com frequência, prejudiquem a qualidade de vida ou haja complicações como dor intensa, dificuldade para engolir e perda de peso sem explicação.
O que acontece se o refluxo não for tratado corretamente?
A falta de tratamento pode levar a esofagite, úlceras esofágicas, estenose esofâgica e até condições mais graves, como o esôfago de Barrett, que aumenta o risco de câncer esofágico.
Como é feito o diagnóstico da DRGE?
O diagnóstico pode ser clínico, com base nos sintomas, mas exames como endoscopia digestiva alta e pHmetria esofágica podem ser necessários para casos mais complexos.
Quais são as opções de tratamento para os casos mais graves?
Nos casos graves, quando o tratamento medicamentoso não é eficaz, pode-se recorrer à cirurgia, como a fundoplicação, que reforça a barreira entre o estômago e o esôfago.
É possível curar a DRGE?
Não há uma cura definitiva, mas o controle eficaz dos sintomas é possível com mudanças no estilo de vida e tratamento adequado, melhorando significativamente a qualidade de vida do paciente.
No quadro “Minuto Saúde” produzido pela Santa Casa Presidente Prudente, a médica especialista explica os mitos e verdades mais comuns sobre a doença.
Minuto Saúde
É possível acessar toda a playlist do “Minuto Saúde” nas redes sociais da Santa Casa, garantindo que as informações estejam disponíveis de forma fácil e acessível a todos os interessados.
A Doença do Refluxo pode impactar significativamente o bem-estar dos pacientes, mas com informação e tratamento adequados, é possível controlá-la e evitar complicações. Caso apresente sintomas persistentes, busque orientação médica.
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Diretora Técnica Responsável – Helen Brambila, CRM 145545
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