O presidente Lula (PT) está em Tegucigalpa, capital de Honduras, onde participa da 9ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac). O encontro reúne líderes dos 33 países da região para discutir temas prioritários como integração regional, segurança alimentar, mudanças climáticas, combate à fome e política migratória.
Os chefes de Estado se reúnem na noite desta quarta-feira (9) com uma pauta marcada por prioridades como o fortalecimento do Plano de Segurança Alimentar, Nutrição e Erradicação da Fome da Celac 2030 (Plano San-Celac) e o Fundo de Adaptação Climática e Resposta a Desastres Naturais (Facrid). A cúpula também oficializa a troca de comando rotativo da Celac, que passa de Honduras para a Colômbia. A sessão principal está prevista para as 13h (horário de Brasília).
Segundo o Itamaraty, um dos principais objetivos do Brasil na cúpula é unificar o apoio latino-americano a uma candidatura da região ao cargo de secretário-geral da ONU, que ficará vago em 2026. A sugestão do governo brasileiro é que uma mulher da América Latina seja indicada — entre os nomes cogitados estão Michelle Bachelet, ex-presidente do Chile; Mia Mottley, primeira-ministra de Barbados; e Rebeca Grynspan, ex-vice-presidente da Costa Rica.
A programação inclui também reuniões bilaterais entre Lula e outros líderes, além de discussões sobre as política migratória dos Estados Unidos e as tarifas comerciais herdadas do governo Donald Trump, que impõem taxações que variam entre 10% e 38% sobre produtos de países como Brasil, Argentina, Uruguai, Chile e Colômbia. Embora o tema esteja na agenda, não há expectativa de um posicionamento conjunto sobre o assunto.
A Celac cobre mais de 22 milhões de quilômetros quadrados e representa cerca de 670 milhões de pessoas. O grupo busca ampliar o diálogo político e a cooperação regional frente aos desafios econômicos, sociais e ambientais da atualidade.
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com agências
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