A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu que a Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) investiguem o deputado federal Gilvan da Federal (PL-ES), após o parlamentar afirmar, publicamente, que deseja a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A declaração ocorreu durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, ontem. Gilvan é relator de um projeto de lei que propõe o desarmamento da segurança pessoal de Lula e de ministros de Estado – o texto foi aprovado na comissão por 15 votos a 8, com uma abstenção.
“Eu quero mais que o Lula morra, quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não vou dizer que eu vou matar o cara, mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Nem o diabo quer o Lula; por isso, ele está vivendo aí. Superou o câncer. Tomara que ele tenha uma taquicardia, porque nem o diabo quer a desgraça desse presidente que está afundando o país. Quero mais que ele morra mesmo”, ressaltou o parlamentar.
A AGU sustenta que as falas de Gilvan podem configurar incitação ao crime e ameaça. O órgão também pediu que seja analisado se as declarações extrapolam os limites da imunidade parlamentar previstos no artigo 53 da Constituição.