Marina Lima convida Pabllo e canta Billie Eilish em show elegante, que merecia horário mais nobre no Lolla


Nome nacional mais experiente da edição de 2025, cantora mostrou como anos de palco fazem diferença em festivais. Público foi aumentando ao longo da apresentação. Marina Lima com Pabllo Vittar no Lollapalooza Brasil 2025
Marina Lima merecia espaço mais nobre em sua estreia no Lollapalooza, que acontece neste sábado (29) no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. Nome nacional mais experiente da edição de 2025, a cantora mostrou como anos de palco fazem diferença num megaevento como esse — uma obviedade, por vezes esquecida por parte do público.
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Marina foi escalada para começar a cantar às 15h50, bem antes de nomes estrangeiros iniciantes, como o americano Benson Boone e a canadense Tate McRae. Na escala de privilégios de um festival, o horário é considerado desfavorável, porque as pessoas ainda estão chegando e o calor incomoda.
Para completar, ela lidou com problemas no som, e mais de uma vez precisou pedir que aumentassem a emissão do som de sua guitarra. Em dado momento, ela perdeu a paciência: “Eu disse que isso ia acontecer, bando de homem lerdo. Aumenta essa porra”.
Marina Lima canta Billie Eilish no Lollapalooza Brasil 2025
Mas, mesmo problemas, a brasileira fez um dos melhores shows da edição até agora. Esperta, abriu o setlist com uma sequência de seus hits cosmopolitas: entraram “À francesa”, “Fullgás” e “Pra começar”. A tríade perfeita para esquentar a plateia.
Não deu tempo de esfriar em “Árvores alheias”, do repertório mais recente e menos conhecido, principalmente porque, no telão, Marina mostrou uma frase de Fernanda Young, celebrada pelo público: “Nada mais indigesto para o mundo dominador que a liberdade de uma mulher”.
Logo, ela emendou surpresas reservadas para o público. Aos 69 anos, Marina faz questão de se manter antenada sobre o que anda em alta na música pop. “Essas coisas chegam até mim e eu acho que também são importantes para entender o mundo e ver por onde eu vou querer andar”, disse em entrevista ao g1, dias antes da participação no Lolla.
No palco, ela mostrou um cover de “Lunch”, sucesso sáfico da popstar americana Billie Eilish, e convidou Pabllo Vittar. Juntas, as duas cantaram “Mesmo que seja eu”, composição de Roberto e Erasmo Carlos gravada por Marina no álbum “Fullgás”, de 1984, e “K.O.”, um dos hits que revelaram Pabllo.
“Eu quero aproveitar para falar o quanto você é importante para a música e inspiradora para mim”, disse a convidada, visivelmente emocionada.
Emocionante também foi uma homenagem de Marina ao irmão, o escritor Antonio Cícero, que morreu em outubro de 2024. “Vida valeu, não te repetirei jamais”, lia-se no telão enquanto ela cantava “Virgem”, clássico do álbum homônimo de 1987, composto pelos dois em parceria.
Foi um show elegante e competente do início ao fim. Não à toa o tamanho do público foi aumentando consideravelmente ao longo da apresentação — a prova de que Marina merecia mais. Quem sabe da proxima vez.
Marina Lima se apresenta no Lollapalooza 2025
Tomzé Fonseca/Agnews
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