Após ação judicial, comerciante é obrigado a retirar câmeras no Centro de Vitória

Eugênio Martini teve de retirar câmeras de videomonitoramento que ele instalou próximo ao seu comércio, no Centro de Vitória

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Reprodução/redes sociais

O comerciante Eugênio Martini, proprietário de uma loja de equipamentos para celulares no Centro de Vitória, foi obrigado a retirar todas as câmeras de videomonitoramento que ele havia instalado nas imediações de seu comércio.A retirada dos equipamentos, instalados em pontos públicos da região, aconteceu após uma ação apresentada junto ao Ministério Público Estadual (MPES), em fevereiro do ano passado, pelo então vereador de Vitória, o advogado André Moreira (Psol).Em um vídeo que circula nas redes sociais, Martini aparece fazendo a retirada de alguns equipamentos. “Fui chamado como criminoso na delegacia. Mas o povo vai dizer quem tem razão”, diz o comerciante.No vídeo, a pessoa que faz as imagens questiona o comerciante sobre o fato de ele ter que retirar todos os equipamentos que ele mesmo instalou e financiou, com a ajuda de moradores do Centro de Vitória, com o objetivo de trazer mais segurança à região.”Tudo de graça, nunca cobrei 1 centavo de ninguém. Perdi noites, limpei pichação, limpei ladrão, vim de madrugada correr atrás para socorrer vítimas. E esse aí é o ‘agradecimento’ do Poder Público, porque quando ele me denunciou ele era vereador. É assim que o vereador cuidou da cidade: tirando as câmeras”, protestou.

Divulgação / Redes Sociais

O que diz André MoreiraNa representação, Moreira alega que o comerciante estaria postando, em suas redes sociais, imagens capturadas pelas câmeras, expondo diversas pessoas sem o devido consentimento.O ex-vereador ressalta ainda que, pelos vídeos publicados pelo comerciante, é possível verificar que as câmeras instaladas “vão muito além das redondezas de sua casa e comércio, passando por diversas ruas do Centro de Vitória”.”Importante destacar que, por mais bem intencionado que o representado possa estar, a ele cabe o cumprimento da lei assim como aos demais a quem ele critica e ‘denuncia’, de modo que não lhe cabe violar a legislação pátria para fazer justiça com as próprias mãos ou investigar crimes por conta própria, sendo essa uma função do Estado”, destaca André Moreira, na ação.O psolista diz ainda que foi verificado que algumas das instalações de câmeras aconteceram em postes, com ligação direta com a energia elétrica deles, “podendo, portanto, configurar furto de energia elétrica”.

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