Ministra da Infância da Islândia renuncia após admitir ter filho com adolescente

A ministra da Infância e Educação da Islândia, Ásthildur Lóa Thórsdóttir, renunciou ao cargo na quinta-feira, 20, após admitir que teve um filho com um adolescente quando já era adulta. O relacionamento, que ocorreu há mais de 30 anos, gerou polêmica no país, especialmente após a revelação de que o jovem era menor de idade na época.

A renúncia foi oficializada após uma reunião com líderes partidários e aceita pela presidente da Islândia, que anunciou a decisão neste domingo, 23. Mesmo fora do governo, Thórsdóttir continuará exercendo mandato como deputada pelo Partido Popular, que integra a coalizão governista liderada pela primeira-ministra Kristrún Frostadóttir.

A crise política se intensificou depois que a emissora nacional RUV revelou, na semana passada, que Thórsdóttir teve um filho há 35 anos, quando ela tinha 23 anos e o pai da criança, 16. Segundo a reportagem, o relacionamento teria começado quando o adolescente tinha 15 anos e participava de um grupo religioso chamado Trú og líf (Religião e Vida), do qual a então jovem fazia parte. 

“Já se passaram 36 anos, muitas coisas mudaram nesse tempo e eu definitivamente lidaria com essas questões de forma diferente hoje”, declarou Thórsdóttir em entrevista à RUV TV. Ela também negou que tivesse alguma posição de autoridade sobre o adolescente e reforçou que a relação durou poucas semanas.

Embora a idade de consentimento na Islândia seja de 15 anos, a legislação do país criminaliza relações entre adultos e menores de 18 anos quando há uma relação de hierarquia, como entre professores, empregadores ou mentores. A pena para esse tipo de crime pode chegar a três anos de prisão. A ministra alegou que não exercia função de liderança no grupo religioso.

Segundo a BBC, o homem que foi pai na adolescência afirmou que não se considera uma vítima, mas ressaltou que atravessava um momento de vulnerabilidade quando buscou apoio na igreja. De acordo com documentos obtidos pela imprensa, ele solicitou ao Ministério da Justiça da Islândia o direito de visitar o filho, mas teve o pedido negado por Thórsdóttir. Apesar disso, ele foi obrigado a pagar pensão alimentícia durante 18 anos.

A primeira-ministra Kristrún Frostadóttir afirmou que soube da história na noite de quinta-feira e convocou a ministra para uma reunião emergencial. No encontro, Ásthildur apresentou sua renúncia. “É um assunto muito pessoal e, em respeito às pessoas envolvidas, não comentarei sobre o conteúdo”, declarou Frostadóttir.

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