Vendedor usa humor para vender “Picolé Lelé” em praia de Guarapari

“Picolé Lelé, papai e mamãe!”:
o bordão de Romario é conhecido na Praia do Morro, em Guarapari

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Pedro Henrique Oliveira

“Picolé Lelé, papai e mamãe!” O bordão, falado em alto e bom som, pode ser ouvido nas areias da Praia do Morro, em Guarapari, e está estampado também na camisa de Romario Oliveira Nascimento, de 38 anos.Há cerca de nove anos, ele encontrou na venda de picolés seu sustento, usando o bom humor como estratégia para atrair a atenção de quem aproveita um dia de sol e quer se refrescar.O sucesso foi imediato, e alguns clientes incentivaram Romario a publicar vídeos nas redes sociais.A sugestão deu certo: hoje, ele acumula 300 mil seguidores no TikTok e 251 mil no Instagram.“Muita gente pedia para eu criar uma conta nas redes sociais, então comecei a publicar os vídeos e a divulgar. Sempre que vendia, pedia para me seguirem. Já tenho publicações que chegaram a 16 milhões de visualizações”, conta.Mas quem vê a popularidade de Romario hoje nem imagina que o começo foi difícil. Após trabalhar em obras e supermercados, ele ficou desempregado e viu na venda de picolés uma oportunidade de ganhar dinheiro.No entanto, os primeiros meses foram desanimadores. “Eu saí do serviço, procurei algo para fazer e achei os picolés. No início, foi muito ruim, pensei em parar, mas continuei. Então, passei a usar o bordão ‘Picolé Lelé’”, lembra.Agora, o sucesso se traduz em vendas. Por onde passa, Romario é parado não apenas para vender picolés, mas também para tirar fotos, gravar vídeos e bater papo. Em dias bons, ele chega a vender 500 picolés e ainda conquista novos seguidores.A turista Conceição Dias, de Belo Horizonte (MG), estava com a família e não conhecia Romario, mas se divertiu ao comprar com ele pela primeira vez. “Já procurei aqui e comecei a seguir”, disse.Irreverente, Romario interage com os clientes, conta piadas e, às vezes, até serve o picolé na boca de quem compra, arrancando risadas de quem assiste. “Às vezes, faço mais vídeos e fotos do que vendo, mas esse sucesso me ajuda a vender bastante”, diz ele.

Thallyson, Romario, Sueli e Conceição: turistas de Belo Horizonte se divertiram com Picolé Lelé

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Pedro Henrique Oliveira

“Penso em abrir minha sorveteria”A Tribuna – Você é natural de onde?Romario Oliveira Nascimento – Nasci em Ituberá, Bahia. Tenho 38 anos e vim para Guarapari bem pequeno, aos 5 anos de idadeQuando surgiu a ideia de vender picolés?Eu trabalhei durante muito tempo em obras, como ajudante, e também como expositor e embalador de supermercados. Teve uma época ruim, eu saí do serviço, procurei algo diferente para fazer e decidi vender picolés, que também já havia feito há um tempo.Como surgiu seu bordão e o apelido Picolé Lelé?De repente. No início, quando estava difícil de vender, eu andava na praia e gritava “picolé, picolé”. Então veio na cabeça e comecei a falar “olha o picolé, picolé lelé, mamãe e papai”. Foi no improviso, daí passei a usar o humor.O que você tem achado desse sucesso nas redes sociais?É muito bom para vender, as pessoas param para fazer vídeos, tirar fotos e compram. Eu acabo vendendo mais do que os outros.Você tem um objetivo profissional?Eu tenho sim. Futuramente, quando tiver condições, penso em abrir a minha sorveteria com o nome “Picolé Lelé, Papai e Mamãe” e colocar na praia para vender.

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