Líder do PCdoB diz que projeto da isenção do IR reduz desigualdades

O líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Renildo Calheiros (PE), disse que o projeto de lei para isentar do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) quem ganha até R$ 5 mil por mês atenua, reduz desigualdades e melhora a vidas das pessoas que ganham menos

Pelos cálculos do governo, serão 10 milhões de brasileiros beneficiados pela nova isenção do IR. Ao levar em conta os 10 milhões já beneficiados com as mudanças nos últimos anos, são 20 milhões de pessoas que não pagarão o imposto.

“As pessoas que ganham pouco, tudo o que elas recebem, elas transformam diretamente em consumo. Elas levam para o supermercado, para a padaria, para a farmácia e vão buscar produtos e bens que atendem às suas necessidades básicas. Então, esse dinheiro circula no país. É o mesmo dinheiro que acaba passando na mão de muita gente, porque melhora a renda de quem ganha menos”, avalia Renildo.

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Com a nova faixa de isenção, um motorista que receba R$ 3.650,66 mensais poderá economizar aproximadamente R$ 1.058,72 ao ano. Já uma professora com salário mensal de R$ 4.867,77 terá uma economia anual de cerca de R$ 3.970,07.

Um profissional autônomo com rendimento mensal de R$ 5.450,00 economizará R$ 3.202,44 por ano. Por fim, uma enfermeira com salário de R$ 6.260,00 poderá ter uma redução anual de R$ 1.821,95 no valor pago de IR.

“Quando você vai para os cálculos, é uma quantidade enorme de bilhões a mais que ficará na mão das pessoas que ganham menos no Brasil, das pessoas que ganham de R$ 7 mil para baixo”, diz o líder.

O deputado faz referência a apenas 141,4 mil contribuintes (0,13% do total) que passarão a contribuir pelo patamar mínimo. Isso representa 0,06% da população total do país. Esse grupo é composto por pessoas que recebem mais de R$ 600 mil por ano e que não contribuem atualmente com alíquota efetiva de até 10% para o IR.

Com a ampliação da isenção, em 2026, o governo calcula perder R$ 26 bilhões de arrecadação que será compensada com a taxação desse grupo que ganha mais de R$ 50 mil por mês ou R$ 600 mil por ano.

“Esse salário muito alto é que irá cobrir essa diferença para que as contas da nação se mantenham estabilizadas para que não gere um desajuste nas contas públicas. É uma medida de grande alcance social e de grande alcance econômico que vai fortalecer a circulação do dinheiro e a nossa economia”, aposta.

Por fim, o líder do PCdoB parabenizou o presidente Lula pelo envio da matéria: “Aqui nós faremos um grande esforço no Congresso para aprovar esse projeto e beneficiarmos milhões e milhões de trabalhadoras e trabalhadores”.

Confira as alíquotas propostas pelo governo:

‒ Renda de até R$ 5 mil por mês: Isento;
‒ Renda de R$ 5.500 por mês: 75% de desconto;
‒ Renda de R$ 6 mil: 50% de desconto;
‒ Renda de R$ 6.500: 25% de desconto;
‒ A partir de R$ 7 mil: sem redução.

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