
Após emitir um “aviso final” ao Hamas para a libertação de reféns, Israel lançou uma série de ataques aéreos que deixaram pelo menos 70 mortos e dezenas de feridos nesta quinta-feira (20). A ofensiva marca o fim do cessar-fogo firmado em janeiro e intensifica a guerra no enclave palestino.
Desde terça-feira (18), mais de 700 palestinos morreram nos bombardeios israelenses, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. Segundo a agência Reuters, 70% dos feridos são mulheres e crianças, muitas delas em estado grave devido à falta de suprimentos médicos.
Escalada do conflito
Com a quebra da trégua na segunda-feira (17), quando mais de 400 palestinos morreram, Israel intensificou bombardeios e incursões terrestres. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que os ataques continuarão “até que todos os objetivos sejam atingidos”.
Israel retomou operações terrestres em Khan Younis e Rafah, no sul de Gaza, e expandiu o controle sobre o corredor de Netzarim, um ponto estratégico que divide o enclave. As forças israelenses afirmam que a manobra busca criar uma “zona tampão” para conter as operações do Hamas.
Netanyahu justificou a ofensiva dizendo que os ataques ao território palestino são “apenas o começo”. “Vamos seguir até erradicarmos o Hamas e libertarmos todos os reféns”, afirmou.
Os bombardeios atingiram diversas áreas, incluindo Khan Younis, Rafah, Cidade de Gaza e Beit Lahia. Na Cisjordânia, Israel também realizou operações militares em Jenin. Em meio ao caos, equipes de resgate lutam para retirar sobreviventes dos escombros, mas a falta de recursos torna a tarefa ainda mais difícil.
Crise humanitária
A destruição em Gaza é extensa, com bairros inteiros reduzidos a escombros e milhares de pessoas desabrigadas. Hospitais enfrentam colapso devido à escassez de medicamentos e equipamentos para tratar os feridos. O fechamento das passagens de fronteira colocou a região à beira da fome.
Além disso, muitos civis ainda estão presos sob os escombros devido à falta de equipamentos de resgate. “Isso adicionará tragédia sobre tragédia”, disse o chefe de direitos humanos da ONU (Organização das ações Unidas), o alto comissário Volker Turk, em comunicado. “O recurso de Israel a ainda mais força militar só aumentará a miséria sobre uma população palestina que já sofre condições catastróficas.”
Reações internacionais e impasse diplomático
A comunidade internacional condena a escalada do conflito, enquanto o Hamas acusa Israel de violar o cessar-fogo e condiciona a libertação de novos reféns à retirada total das tropas israelenses de Gaza.
Netanyahu, por sua vez, reforçou que não recuará. “Israel, a partir de agora, atuará contra o Hamas com força militar crescente”, declarou o premiê. Com o impasse diplomático, o conflito segue sem sinais de trégua, aprofundando a crise humanitária na região.
A guerra entre Israel e Hamas teve início em outubro de 2023, após o grupo extremista lançar um ataque em território israelense, matando 1.200 pessoas e sequestrando mais de 200. Desde então, a ofensiva militar israelense já deixou mais de 50 mil mortos na Faixa de Gaza.
__
com informaçõe de agências
O post Ataques de Israel em Gaza deixam mais de 700 mortos após ‘aviso final’ apareceu primeiro em Vermelho.