Lula defende PEC da Segurança Pública e critica “república de ladrões de celular”

Durante a inauguração do Hospital Universitário do Ceará (HUC), em Fortaleza, nesta quarta-feira (19), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a urgência de aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública. A medida, que será enviada ao Congresso Nacional, busca unificar as forças de segurança em todo o país para enfrentar o crime organizado.

“Não vamos permitir que a república de ladrões de celular comece a assustar as pessoas nas ruas desse país. É por isso que estamos apresentando uma PEC da Segurança para que, junto com governadores e prefeitos, o Estado seja mais forte do que os bandidos”, declarou Lula, arrancando aplausos dos presentes.

Ele também criticou a priorização de armas em detrimento da educação: “Ao invés de delegacia, precisamos de escola. O Brasil não pode ser eternamente um país que exporta apenas commodities. Queremos exportar inteligência e conhecimento”.

“Nós vamos ter que enfrentar a violência, sabendo que nós temos que enfrentar o crime organizado. E não é o estado sozinho, é o estado, é o município e é o governo federal. Porque a gente não vai permitir que os bandidos tomem conta do nosso país”, declarou o presidente.

Autonomia e integração

A PEC busca aumentar a participação da União no enfrentamento à criminalidade, com novas normas para integrar as forças de segurança estaduais e municipais. Entre as principais mudanças propostas está a transformação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma corporação de policiamento ostensivo, além da criação de um Sistema Único de Segurança Pública.

Para Lula, a proposta é uma resposta à “falta de vergonha” de governos que priorizaram a violência armada em vez de investir em políticas sociais.

“O lugar de bandido não é na rua assaltando e matando pessoas. Vamos enfrentar o crime organizado com unidade, porque segurança é responsabilidade de todos”, enfatizou.

HUC: Um marco para a saúde pública e a educação

O HUC, com investimento de R$ 667,71 milhões, será referência no atendimento a 8,7 milhões de cearenses, oferecendo serviços em 30 especialidades médicas e 832 leitos. Lula ressaltou que o hospital não apenas salvará vidas, mas também formará profissionais e incentivará pesquisas.

Lula aproveitou o evento para contrastar sua gestão com governos passados, que, segundo ele, abandonaram políticas públicas essenciais. “Um estado que consegue fazer um hospital dessa qualidade e um SUS, que pode ajudar a fazer um hospital desse funcionar, não deve nada a ninguém, porque o SUS era muito desacreditado, e aí veio a Covid e quem salvou esse País foi exatamente o SUS”, pontuou.

“Esse hospital é 100% SUS, não deixa a desejar a nenhum privado. É aqui que o povo pobre do Ceará terá acesso à saúde de qualidade”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana, durante o evento.

Um Brasil “civilizado” e soberano

Lula encerrou seu discurso reiterando seu compromisso com a construção de um país “civilizado”, onde a soberania é medida pela qualidade de vida do povo. Ao abordar temas como segurança pública e saúde, Lula destacou sua visão de um Brasil mais justo e desenvolvido. Para ele, o progresso do país depende diretamente do bem-estar da população.

“Esse país não tem dono, o dono do País é o povo brasileiro. Então, quanto melhor estiver o povo, melhor estará o País”, concluiu o presidente, reiterando seu compromisso com políticas públicas que priorizem a qualidade de vida da população.

Com a PEC da Segurança Pública e o fortalecimento do SUS, o governo federal busca construir um país mais seguro, saudável e inclusivo, onde o Estado seja protagonista no combate às desigualdades e à violência.

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