Assembleia Geral aprova ata de votação que oficializa criação de SAF na Portuguesa

Associados da Portuguesa aprovaram, nesta terça-feira, a ata da reunião que oficializou a transformação do clube em SAF e cedeu 80% da participação à Tauá Futebol. A Assembleia Geral Extraordinária foi realizada no Canindé, com a presença de 116 sócios, com 113 deles votando favoravelmente à criação da Sociedade Anônima do Futebol.Com isso, a ata da votação realizada em 26 de novembro de 2024, que oficializou a transformação em SAF, poderá ser registrada junto ao Cartório de Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica de São Paulo-SP. Depois, o documento será encaminhado à Federação Paulista de Futebol (FPF), à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à Fifa para os trâmites pertinentes.

Estádio do Canindé é um dos maiores patrimônios da Portuguesa e passará por reforma. Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Nas últimas semanas, o imbróglio tomou grandes proporções e os investidores da nova SAF estudaram deixar o negócio caso não houvesse uma solução.1Arena da Portuguesa terá grama sintética, hotel ao lado e custará R$ 700 milhões2Conheça os estádios da cidade de São Paulo“A vontade da nossa torcida, dos conselheiros e dos associados foi respeitada. Desde o início tivemos um grande apoio, que é fundamental para o nosso projeto. Vamos trabalhar cada vez mais para corresponder a esse incentivo e construir uma Portuguesa vencedora”, disse Alex Bourgeois, sócio-investidor e presidente da Portuguesa SAF.POLÊMICAO Conselho de Orientação e Fiscalização do Clube (COF) fez algumas ressalvas sobre o acordo nos últimos dias, entre elas o temor de que o clube social fique endividado por causa de alguns termos, os quais a Tauá, contudo, garante que não vão onerar a associação.A dívida levantada pelo grupo de investidores, por auditoria, está na casa de R$ 550 milhões, valor que foi levado para recuperação judicial. Cofistas dizem que a dívida real seria de R$ 900 milhões, mas não apresentaram nenhum documento que comprove isso.O COF afirma que chegou a tal valor com base em um diagnóstico contábil realizado pela empresa BDO, após o balanço das contas do clube referente a 2023 ter sido reprovado. A reportagem teve acesso e analisou os documentos da BDO e não encontrou a discriminação dessa diferença. De acordo com a avaliação do órgão, a diferença de R$ 350 milhões oneraria os cofres do clube social da Portuguesa, que vai manter 20% das ações.Procurada pela reportagem, a Tauá Futebol pontua que, se novas dívidas forem descobertas, serão incluídas no processo de recuperação judicial (RJ) pelo qual o clube passa neste momento. O grupo também garante ter mapeado e conversado com todos os credores da Lusa para inclui-los na RJ.

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