Empresários e servidores públicos são alvos de operação por fraudes de R$ 60 milhões na Cidade Ocidental

Empresários e funcionários públicos de Cidade Ocidental são alvo de megaoperação na manhã desta terça-feira, 18, suspeitos de fraudar R$ 59,1 milhão em licitações e contratos administrativos. O montante teria sido distribuído entre 10 empresas, de acordo com a Polícia Civil de Goiás (PC-GO).

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A maioria dos estabelecimentos se constitui em grupos empresariais de titularidade de pessoas ligadas aos agentes públicos. Foram objetos da investigação da Delegacia Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR), contratos de cifras milionárias formalizados entre as pastas da administração municipal, com empresas ligadas direta e indiretamente a amigos e parentes do chefe do Executivo Municipal.

A PC afirma que os crimes foram praticados entre os anos de 2017 e 2024. A investigação apura ilegalidades como corrupção ativa e passiva, peculato, fraudes em licitações e contratos administrativos, lavagem de dinheiro e associação criminosa. 

Ao todo, 114 policiais goianos e brasilienses cumprem 32 mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), além de quebras de sigilo bancário e fiscal em Cidade Ocidental, Valparaíso, Novo Gama, Luziânia e no Distrito Federal. 

Empresas revezavam 

No decorrer da apuração, a corporação verificou que empresas se revezavam há vários anos na adjudicação dos contratos administrativos das áreas de manutenção de veículos automotores da prefeitura, locação de automóveis, manutenção e locação de produtos de informática, obras e reformas em prédios públicos e de serviços de monitoramento de locais públicos. 

Muitas das contratações eram realizadas por preços evidentemente incompatíveis com o de mercado (sobrepreço), ou mesmo sem necessidade adequada ou sem a justificativa necessária, com dispensa de licitação ou mesmo simulação de processos licitatórios, havendo indícios de fraudes e direcionamento das contratações. 

Também ocorreram aditivos contratuais, que ensejaram a oneração indevida dos contratos e a manutenção destes com empresas de interesse de alguns atores municipais. Alguns dos agentes públicos envolvidos, de acordo com a PC, ao longo dos anos, tiveram evolução patrimonial incompatível com sua ocupação, chegando a ostentar em redes sociais e eventos os prováveis resultados das ações criminosas. Alguns dos investigados, inclusive, já foram alvo de investigação na esfera federal.

O Jornal Opção procurou a prefeitura para que se posicionasse e aguarda retorno.

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