Fugitiva goiana do 8/1 é presa ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos

A goiana Rosana Maciel Gomes, condenada a 14 anos de prisão por cinco crimes cometidos durante os atos golpistas de 2023, foi presa ao tentar entrar ilegalmente nos Estados Unidos. Ela possuía dois mandados de prisão em aberto e uma ordem de extradição expedida na Argentina. 

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Além de Rosana, ao menos outras três brasileiras também foram detidas entre 12 e 21 de janeiro deste ano – sendo que apenas uma foi presa antes da gestão Donald Trump. 

Após fugir do Brasil em janeiro de 2024, a goiana percorreu países como Uruguai, Peru e México, até ser presa em El Paso, no Texas. Seis dias depois, foi transferida para um centro de detenção da ICE na mesma cidade. Ela tinha como objetivo conseguir refúgio político com o governo Trump, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O serviço de patrulhamento das fronteiras não detalhou “por questões de privacidade” em que condições Rosana e as demais brasileiras foram detidas – se em postos de imigração ou se em locais na fronteira onde a travessia costuma ser feita com coiotes. A Polícia de Imigração e Alfândega dos EUA afirmou que as foragidas “aguardam a expulsão para seus países de origem”.

De acordo com a defesa de Rosana no Supremo Tribunal Federal (STF), ela não teria participado da depredação do Palácio do Planalto e ficou em estado de choque ao ver a destruição. Amigos da goiana teriam procurado apoio do consulado brasileiro em Houston, no Texas.

Demais presas 

As mulheres, três condenadas por crimes no 8/1, entre eles, tentativa de golpe de Estado, e uma ré com mandados de prisão no Brasil, estão detidas em solo norte-americano há mais de 50 dias. São elas:

  • Rosana Maciel Gomes, de Goiânia (GO), tentou entrar nos EUA em 21/1. Está presa na detenção da ICE em El Paso, no Texas. 
  • Raquel Souza Lopes, de Joinville (SC), tentou entrar nos EUA em 12/1. Está presa na detenção da ICE em Raymondville, no Texas;
  • Michely Paiva Alves, de Limeira (SP), tentou entrar nos EUA em 21/1. Está presa na detenção da ICE em El Paso, no Texas.
  • Cristiane da Silva, de Balneário Camboriú (SC), tentou entrar nos EUA em 21/1. Está presa na detenção da ICE em El Paso, no Texas.

As quatro fugitivas fazem parte do grupo de militantes que deixou o Brasil a partir do primeiro semestre de 2024 e se fixou na Argentina. No final do ano, ameaçadas por pedidos de extradição do STF, fugiram novamente, rumo aos EUA. 

Na véspera da prisão do trio, Trump prometeu – ao assumir a presidência – fazer deportações em massa de imigrantes ilegais. “Toda entrada ilegal será imediatamente interrompida e começaremos o processo de devolver milhões e milhões de criminosos estrangeiros aos lugares de onde vieram”.

Outros foragidos do 8/1 continuam na Argentina, Colômbia e Peru, entre outros países da América Latina. Eles se dizem perseguidos políticos por defenderem Bolsonaro, derrotado nas urnas em 2022. Alegam que não praticaram os crimes de tentativa de golpe de Estado e nem de dano ao patrimônio público na invasão aos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

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