Inadimplência do IMAS causa nova crise na saúde de Goiânia; prestadores avaliam greve

O Sindicato dos Laboratórios de Análises e Bancos de Sangue do Estado de Goiás (SINDILABS-GO) fez alerta sobre a inadimplência do Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (IMAS), que atende servidores municipais e seu dependentes.

De acordo com o sindicato, prestadores de serviço da saúde não recebem pagamentos devidos pelo IMAS desde fevereiro 2024. Além disso, outros fornecedores sofrem com atrasos desde agosto do mesmo ano.

Por conta dos atrasos, as dívidas ultrapassam R$ 100 milhões, afetando 44 prestadores, incluindo clínicas oncológicas, hospitais, laboratórios e bancos de sangue.

Em janeiro deste ano, o presidente do IMAS se comprometeu em apresentar, em prazo de 10 dias, um cronograma de pagamento das dívidas acumuladas, priorizando a quitação de débitos de 2024 e anos anteriores. O cronograma visa assegurar a continuidade dos serviços essenciais. Na ocasião, foi prometido que os pagamentos referentes às competências de julho de 2024 em diante seriam regularizados até março de 2025.

Contudo, o sindicato afirma que em fevereiro deste ano houve a promessa de quitação das competências de outubro e novembro de 2024 até o dia 28/02/2025, além da elaboração de um cronograma para os débitos anteriores. Entretanto, nenhum pagamento foi feito e nenhum cronograma foi apresentado até a segunda semana de março.

Por conta dos atrasos, prestadores de serviço avaliam iniciar uma greve. Alguns destes já recorreram à Justiça em busca de soluções, já que a falta de pagamento ameaça a sustentabilidade dos serviços de saúde em Goiânia.

A reportagem entrou em contato com a assessoria do IMAS e ainda aguarda retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos.

Crise no IMAS

Ao longo do de 2024 o Jornal Opção mostrou que o instituto sobre com várias paralisações de prestadores de serviços. Em maio usuários do Imas com câncer ficaram sem atendimento no Ingoh e Hemolabor.

Nos meses de março e abril, o Hospital Infantil de Campinas (HIC) suspendeu os atendimentos, que retornaram após a troca do presidente Marcelo Teixeira pela médica Gardene Moreira, e os pagamentos de duas de oito parcelas atrasadas. Agora, a crise se agravou com o atendimento de pacientes para prevenir e tratar casos de câncer. A dívida com a unidade de saúde chegou a R$ 137 mil segundo a diretoria.

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