Será os EUA uma República de Bananas?

Por Luciano Bivar*

Meu Deus! Como somos frágeis, tanto na vida biológica como na vida terrena.

Quantas pessoas sumiram, quantas pessoas se foram e quantos amores perdidos que não voltarão nunca mais. Mas tudo isso são desígnios de Deus ou do acaso, para aqueles mais céticos ou materialistas.

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Mas o mundo lógico, humanista, solidário e comprometido com um passado histórico e fraterno que é os Estados Unidos parece desvanecer diante dos nossos olhos, principalmente por ser um país que desde a sua revolução, sempre lutou pela liberdade.

Sacrificaram milhares de compatriotas em suas terras e do além-mar por esses princípios, e hoje, abandonam esses valores que se tornaram a marca de um povo admirado por todo um mundo que ama a liberdade e a servidão humana.

Será, os Estados Unidos da América, a maior democracia do planeta, uma “república de bananas”? Onde as coisas mudam ao sabor dos ventos?

Esqueçamos o lado filosófico e histórico desse povo e aterrizemos no mundo plástico das coisas com ajuda da sociologia econômica, percorrendo um longo caminho do passado até chegarmos na geopolítica atual.

A América se tornou o maior poderio econômico do planeta, devido uma história de equilíbrio e honradez com seus aliados históricos ou não, unicamente com base na credibilidade de suas ações e comportamentos.

Sua moeda tornou-se uma referência universal, até mesmo inimigos tirânicos e absolutistas se dobram a sua força e, de repente, não mais que de repente, parece querer colocar em xeque uma credibilidade e valores construídos desde sua carta de independência em 4 de julho de 1776.

A ciência política observa que todos os regimes políticos têm suas falhas. O que defendemos na democracia, não que ela seja o ideal, mesmo porque, não é que ela eleja os melhores governantes, mas que ela não permite que os piores permaneçam para sempre. A alternância do poder é um dogma da Democracia e só o povo é soberano para fazê-lo.

O que mais aflige hoje o mundo ocidental é o avanço indiscriminado da autocracia, da plutocracia, quer seja no Kremlin ou na Casa Branca, ou ainda em qualquer que seja o lugar nesse mundo, porque no fundo eles se confundem como inimigos da liberdade.

Não podemos aceitar que as pessoas sejam capturadas pelo poder ou pelo vil metal e outorguem a esses autocratas a eternização do Poder. O rastro de degradação que causam esses valores a todos nós é incomensurável.

Deus salve a sensatez nesse mundo novo que parece estar em frangalhos.

* Deputado federal.

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