Anitta revela crise de exaustão e nova fase em documentário: ‘Uma pessoa que desiste’

“A ‘antiga eu’ não desistia de nada. A ‘nova eu’? Eu topo pegar um helicóptero e dizer: ‘É, gente, eu estou doente, eu não consegui, vamos cuidar de mim’. Não tenho a menor necessidade de ir mais longe que isso.”Foi assim que Anitta comunicou à sua equipe que desistiu de escalar até o topo do Monte Everest, em 2022, no momento em que já realizava a subida no Nepal – pouco antes, ela havia descoberto que tinha a doença Epstein-Barr. A fala é uma das cenas do documentário Larissa: O Outro Lado de Anitta, que chegou à Netflix nesta quinta-feira, 6, e mostra as duas versões da funkeira que se tornou hit mundial.O momento em questão diz respeito especificamente à escalada, quando ela explica que as pessoas estão acostumadas a ver a Anitta como alguém que persiste, mas que a Larissa, seu nome de batismo, pode ser “uma pessoa que desiste”.A cena tem significados mais amplos no contexto do filme. Sob a direção de Pedro Cantelmo, romance da adolescência, Anitta mostra como usou a persona pública como uma espécie de proteção para separar seus lados profissional e pessoal. O material também mostra que a rotina exaustiva teve um peso em sua saúde, e foi o que ela tentou reverter com o retiro espiritual. Em publicação feita no Instagram, a cantora já havia declarado que a viagem foi o que “mudou sua vida e sua percepção de si para sempre.”Novo momento de vida e carreiraAnitta compara a subida ao topo do Everest à sua ascensão à fama, e diz que a falta de oxigênio no monte mais alto é semelhante ao que o sucesso pode causar emocionalmente.”Eu comecei a repensar minha carreira e minha vida todinha”, diz. “Eu gosto de andar na rua, de andar sem segurança. Eu gosto de fazer amizade com gente desconhecida que eu conheço no bar, de dançar no meio da pista de dança… talvez se a Anitta subir mais, a Larissa nunca mais vá ter esses momentos”, reflete.”Ninguém consegue ficar no auge o tempo inteiro, manter isso tudo e ser genuinamente feliz. Não importava o que eu fizesse, nada preenchia esse vazio. Eu quis fazer esse filme para falar para as pessoas que você não precisa ser rico e famoso para ser especial (…) Não tem problema se daqui a cinco anos eu não fizer nenhum hit. A gente pode ser feliz sem hit.”
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