Endometriose: doença inflamatória na pélvis provoca cólica menstrual até fora do ciclo

A endometriose é uma doença inflamatória que atinge a pélvis des mulheres em idade reprodutiva, normalmente acompanhada de incômodos por atenuar as cólicas menstruais, mesmo fora do ciclo. Acredita-se que haja uma implantação do revestimento interno do útero, o endemétrio, embora também possa ser causado pelo acúmulo de sangue na região. O Março Amarelo é o mês da conscientização sobre a endometriose, servindo de alerta para o diagnóstico precoce e o tratamento adequando.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 176 milhões de mulheres em todo o mundo convivem com a endometriose. No Brasil, estima-se que cerca de 8 milhões de mulheres tenham a doença, que pode ser silenciosa em até 20% dos casos. Além disso, mais de 30% das mulheres diagnosticadas podem enfrentar dificuldades para engravidar.

O médico obstetra e ginecologista Diego Rezende detalha as possíveis causas da doença. “Acredita-se que haja uma implantação do revestimento interno do útero, o endométrio, fora desse órgão. Então você tem imlantes desse revestimento interno em outros órgãos e outras regiões do corpo da mulher”, explica ao Jornal Opção.

É esse cenário, aponta Rezende, que provoca as cólicas mesmo fora do período de menstruação. “Ela pode vir acompanhada de outros sintomas como dor para evacuar, dor para urinar, dificuldade para engravidar e as cólicas fora do período”, relata Rezende.

O diagnóstico costuma ser feito em pacientes que encontram dificuldades para engravidar a partir de exames de imagens. A descoberta tardia ocorre, muitas vezes, pois as pacientes podem não apresentar nenhum sintoma e nenhum incômodo com a doença. “Uma das teorias de por que algumas mulheres vão ter e outras não é que essa implantação do endométro é menstruação retrógrada. Então ao invés do sangue descer totalmente através da menstruação, parte do sangue reflui e sobe para as paredes pélvicas” detalha.

O tratamento pode envolver o uso de medicações hormonais, analgésicos e, em casos mais graves, cirurgia minimamente invasiva, como a videolaparoscopia. O diagnóstico precoce, feito por meio de exames clínicos e de imagem, é fundamental para evitar a progressão da doença.

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