Carnaval para todos: folia inclusiva para crianças com autismo

O mais importante é que a criança se divirta de forma segura

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Divulgação/Prefeitura de Olinda

O Galo da Madrugada arrasta uma multidão de foliões pelas ruas do Recife no sábado de Zé Pereira. E este ano, o maior bloco de carnaval do mundo celebra a população neurodivergente e traz, como uma das principais reflexões, a importância do respeito e da inclusão.Além de contar com uma ala especial para pessoas com deficiência, o Galo da Madrugada de 2025 vai usar um cordão de identificação para autismo. A mensagem é clara: todos têm direito e podem participar da folia.Mas, nem sempre as comemorações do Carnaval são espaços acolhedores para as crianças com autismo.O excesso de estímulo sensorial, como o som alto, cores vibrantes e multidões, pode desregular os pequenos e transformar a festa em um verdadeiro pesadelo.Antes de tudo, é essencial lembrar que cada pessoa é única e o autismo é um espectro, ou seja, as demandas e recomendações podem variar para cada uma. Por isso, os pais devem sempre respeitar e respeitar os limites da criança.“Os responsáveis ​​​​precisam estar atentos a sinais de cansaço ou sobrecarga e oferecer pausas sempre que necessário”, destaca a psicóloga Patrícia Barros, da Clínica Grupo Acolher, que há anos é referência no atendimento especializado para crianças com TEA em Jaboatão e no Cabo de Santo Agostinho. A preparação para curtir o carnaval deve começar em casa, dias antes, para evitar quebras bruscas de rotina e falta de previsibilidade.O profissional orienta os pais a explicar com antecedência como será o evento, além de mostrar imagens e vídeos de como será para reduzir a ansiedade. Além disso, a escolha do espaço e do bloco são importantes para garantir o conforto e a diversão.“A dica é procurar eventos que respeitem o ritmo das crianças, com menos barulho e multidões. Alguns blocos já oferecem horários e espaços adaptados para crianças com TEA, o que pode ser uma boa alternativa”, explica o especialista.Antes de sair de casa, é essencial garantir que a fantasia seja confortável. “Os pais devem optar por roupas leves e sem tecidos irritantes. Se a criança não quiser fantasia, camisetas ou acessórios simples podem ser uma boa ideia”, orienta a psicóloga.Para os pequenos que têm sensibilidade ao som, um item essencial é o protetor auricular que pode ajudar a tornar o ambiente mais confortável. Levar alimentos conhecidos e água para evitar problemas na festa também é uma dica de Patrícia.E os pais não podem esquecer de pensar em saídas estratégicas “É preciso ter um plano de retirada caso a criança se sinta sobrecarregada, garantindo uma experiência positiva”. Para quem prefere um ambiente mais tranquilo, as brincadeiras em casa também podem ser uma boa ideia para não deixar a data passar em branco, como um baile personalizado com confetes, máscaras e músicas íntimas à criança.O mais importante é que a criança se divirta de forma segura, respeitando seu próprio jeito de vivenciar a festa! Lembre-se: a inclusão, o acolhimento e o respeito não tiram folga!Sobre a Clínica Grupo AcolherCom unidades no Cabo de Santo Agostinho e Jaboatão, a Clínica Grupo Acolher é referência no atendimento terapêutico para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).A clínica conta com uma equipe multidisciplinar especializada e oferece 11 tipos de terapias: Terapia ocupacional, psicologia, psicomotricidade, fonoaudiologia, musicoterapia, psicopedagogia, fisioterapia, nutrição, terapia ABA com supervisão presencial e terapia aquática.Além do atendimento clínico, a Clínica Grupo Acolher se dedica à inclusão e conscientização, ajudando as famílias a criar ambientes mais acessíveis e acolhedores para o desenvolvimento dos pequenos – inclusive em momentos de lazer, como o Carnaval. Acompanhe mais sobre o trabalho no Instagram @clinicagrupoacolher .

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