Em meio a ‘racha’, bancada evangélica no Congresso escolhe novo líder

A bancada evangélica no Congresso deve eleger, ainda nesta terça-feira, 25, seu novo líder. O parlamentar deve liderar o grupo nos próximos dois anos e a eleição ocorre em meio a um ‘racha’ inédito no grupo político.

A frente é uma das maiores do Congresso e, recentemente, passa por crise que inclui a própria posição da bancada em relação ao governo Lula (PT), ou seja, se o grupo é aliado ou opositor do presidente.

Atualmente, a bancada é formada por 246 deputados e senadores. Divergências dentro da frente impediram a construção de uma candidatura de consenso. Tradicionalmente, a escolha do novo líder era feita por aclamação.

Desta vez, a bancada deverá escolher seu novo líder por meio do voto. Para deputados evangélicos, a situação é avaliada como sintomas de uma crescente fragmentação.

A votação ocorrerá por meio de cédulas, e a contagem deverá ser feita por uma pessoa indicada pelo atual presidente da bancada evangélica.

Três deputados colocaram seus nomes na disputa para comandar a bancada

• Otoni de Paula (MDB-RJ): ligado à Assembleia de Deus e apoiado pelo ainda presidente da bancada evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM). Nos últimos anos, o deputado se afastou de Jair Bolsonaro (PL) e fez acenos ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT);
• Greyce Elias (Avante-MG): membro da Sara Nossa Terra, ela é considerada a candidata mais de “centro” da atual disputa;
• Gilberto Nascimento (PSD-SP): também ligado à Assembleia de Deus, é considerado mais conservador e mais à direita. Parlamentares classificam Nascimento como próximo ao grupo aliado a Bolsonaro.

O parlamentar eleito para liderar a banca será empossado nesta quarta-feira, 26, em culto programado para um auditório na Câmara dos Deputados.

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