Projeto para Frente Conservadora na Câmara de Goiânia chega a 13 assinaturas e pode ser votado

O vereador Oséias Varão (PL) apresentou, nesta terça-feira, 25, o requerimento para instituir a Frente Parlamentar Conservadora na Câmara Municipal de Goiânia. A iniciativa tem como objetivo reunir os vereadores de direita em um único grupo, com foco na defesa de pautas de interesse dos conservadores.

Segundo o parlamentar, o projeto de decreto legislativo que institui a Frente Parlamentar Conservadora já conta com 13 assinaturas. Ou seja, segundo o regimento interno, a matéria já possui o apoio necessário para que seja votado.

Até o momento, o próprio idealizador e os outros três vereadores do Partido Liberal (PL) assinaram o documento: Coronel Urzêda, Vitor Hugo e Willian Veloso. Além de Sanches da Federal (PP), Léia Klebia (Podemos), Welton Lemos (Solidariedade), William do Armazém (PRTB), Sargento Novandir (MDB) Igor Franco (MDB), Ronilson Reis (Solidariedade), Cabo Senna (PRD) e Geverson Abel (Republicanos).

Para instituir uma frente parlamentar, o vereador precisa de um terço do parlamento ou uma sugestão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Além de apontar a finalidade fundamentada, número de membros e o prazo para o seu funcionamento.

Segundo o projeto de Varão, a Frente Parlamentar Conservadora valorizará os princípios da prudência, família, liberdade econômica, liberdade de expressão, conhecimento e a tradição da civilização ocidental. O grupo também terá regras próprias, além de um líder e um vice-líder no período de dois anos, porém o regimento interno da casa não estabelece regras para a atuação do bloco.

“Goiânia é uma cidade majoritariamente conservadora”, disse Varão, em entrevista coletiva no plenário da Casa. “Isso tem ficado evidente nas votações em nossa cidade, e sentimos falta de um grupo organizado e articulado aqui na Câmara para lutar em favor dessas pautas que grande parte da população defende. Portanto, estamos organizando e articulando um grupo aqui na Casa”, acrescentou.

Segundo o vereador, os membros vão se articular apara discutir pautas, além de projetos que vão contra ou favor dos valores conservadores. “O grande desafio aqui é a organização, a articulação”, pontuou.

Toda a discussão envolvendo esquerda e direita na Câmara surgiu na sessão da quinta-feira, 20, durante a votação do projeto de Selo Empresa Amiga do Autismo.  No entanto, os vereadores começaram a discutir sobre um outro projeto de Fabrício Rosa (PT).

Na ocasião, Rosa apresentou o Selo Empresa Amiga da Comunidade LGBTQIA+, mas que recusado em votação no plenário. O vereador Edward Madureira (PT) chegou a comentar que houve uma articulação contra o projeto.

Em entrevista coletiva, Madureira disse que o questionamento foi a respeito de uma “ação deliberada de contra-atacar” alguém em específico com o projeto. “Reagi com muita estranheza àquela situação, porque nós tratamos de dois projetos muito parecidos no que diz respeito a direitos de minorias e tratamentos completamente diferentes pela Câmara”, afirmou.

A respeito de uma frente parlamentar de direita, o vereador considera que é algo legítimo. “Reajo com bastante naturalidade, acho que é legítimo as pessoas que tem pensamentos similares para se articularem para discutir as matérias”, afirmou.

Durante a sessão, Varão e Madureira ainda se cumprimentaram junto a vereadora Aava Santiago (PSDB). Eles também tiraram uma foto juntos.

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