Brasil condena invasão israelense a campos de refugiados na Cisjordânia

O exército israelense iniciou operação militar que expulsou 40 mil palestinos de campos de refugiados em Jenin, Tul Karem e Nur al-Shams, na Cisjordânia. O governo brasileiro emitiu nota, pelo Itamaraty, em tom de preocupação, condenado o “emprego de tanques e a ocupação militar”.

A operação das Forças Armadas de Israel no Norte da Cisjordânia é considerada a maior em 20 anos, gerando dezenas de milhares de deslocados. No ano de 2005 havia acontecido a última invasão ao território palestino por tanques de guerra.

A informação do esvaziamento dos campos com mais de 40 mil pessoas foi feita pelo próprio ministro da Defesa, Israel Katz.

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A medida também levanta preocupação quanto aos rumos do cessar-fogo em Gaza. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tem dificultado a libertação dos prisioneiros palestinos após a divulgação de vídeos de israelenses antes de serem soltos pelo Hamas. A situação somada com a invasão à Cisjordânia, no qual Katz pediu para que os militares preparem “estadia prolongada”, coloca nova fervura no conflito.

Confira abaixo a nota completa do Ministério das Relações Exteriores do Brasil:

Operações militares israelenses em campos de refugiados palestinos

O governo brasileiro expressa forte preocupação com a intensificação, nas últimas semanas, de operações militares israelenses nos campos de refugiados de Jenin, Tulkarm e Nur Al-Shams, no Norte da Cisjordânia, e condena o recente emprego de tanques e a ocupação militar. Nesse contexto, deplora a remoção forçada de cerca de 40 mil moradores daqueles campos, em violação ao direito internacional e ao direito internacional humanitário.

O Brasil sublinha, ademais, a importância de que a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos no Oriente Próximo (UNRWA) possa manter suas atividades nos campos de refugiados de Jenin, Tulkarm e Nur Al-Shams, no Norte da Cisjordânia, em benefício da população refugiada.

Ao recordar o parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que considerou ilícita a presença israelense no território palestino ocupado, o Brasil insta Israel a suspender completamente suas operações militares na Cisjordânia.

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