Clima ajuda e produção de arroz deve ultrapassar 100 mil toneladas em Roraima


Metade da colheita já foi concluída. Investimentos em tecnologias e manejo também contribuem para aumento da produção no estado Em todo o estado, mais da metade da produção de arroz já foi colhida
Oséias Martins/Rede Amazônica
O vai e vem das máquinas não para na propriedade do rizicultor, Denilson Spies, em Bonfim, no norte de Roraima. Ele planta arroz em um área de 150 hectares, e começou a colheita da safra de 2025. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) na mais recente estimativa sobre a safra de grãos, aponta que Roraima vai produzir 100,1 mil toneladas de arroz, neste ciclo, aumento de 13,1% em relação ao anterior.
Neste novo ciclo, o rizicultor Denilson espera alcançar 1,2 mil toneladas de arroz, crescimento de 5% em relação a colheita anterior. O cenário é positivo na produção em todo o estado. A produção do grão foi o assunto da reportagem especial do Amazônia Agro, deste domingo (23)
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Para Denilson, que também é vice-presidente da Associação de Rizicultores de Roraima, o clima contribuiu, com menos chuvas no período de plantio, iniciado em outubro do ano passado. Além disso, investimentos em tecnologia e manejo, como correção de solo e fertilizantes, ajudam as plantações a desenvolver mais grãos e com mais qualidade.
“Roraima, historicamente, nós temos superávit de produção. Então, a indústria busca mercado fora também. Nós vendemos arroz, principalmente, para o estado do Amazonas, e exportamos também para o mercado venezuelano, que é nosso consumidor maior em certas épocas”, explicou.
A produtividade também deve subir, quase 10%, e fechar em mais de 7,5 mil quilos por hectare. A área plantada também cresceu, segundo dados da Conab:
Plantio: 13,3 mil ha
Produtividade: 7.530 Kg/ha
Produção: 100,1 mil ton
A compra máquinas novas também auxilia no processo de produção, que apresenta superavit, segundo o produtor. Em todo o estado, mais da metade da produção de arroz já foi colhida.
Denilson Spies é rizicultor
Oséias Martins/Rede Amazônica
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🌾🐮 Arroz e gado
Na propriedade do Denilson o trabalho não termina com o fim da colheita do arroz. O produtor possui cerca de 1 mil cabeças de gado, e alimenta os animais com palha das plantas. É uma forma de integrar lavoura e pecuária.
O processo acontece de duas formas: os bois são trazidos para lavoura, comem a palha e a rebrota da planta de arroz. Também é possível armazenar esse volumoso com ajuda da enfardadeira, uma máquina que colhe a forragem e ejeta o subproduto em formato de rolos.
Depois de ejetada, a forragem pode ser estocada e assim servir para os animais em períodos de escassez ou deficiência nas pastagens. Uma forma de prevenção após as perdas de pastos, durante forte estiagem e incêndios que afetaram Roraima, em 2024.
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Denilson acredita que acredita que alimentar o rebanho com o que feno que produz na fazenda, aumenta a produção das duas atividades, com menor impacto ao meio ambiente.
“Nós utilizamos menos área do nosso território, vamos dizer assim, produzindo, produzindo muito mais carboidratos, os cereais, e proteínas que é a carne do boi, que é a proteína mais nobre que existe, então produzimos isso pouca área e muita tecnologia”.
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