ABL lamenta morte de Cacá Diegues: ‘Perda irreparável’

A Academia Brasileira de Letras (ABL) lamentou a morte de Carlos Jose Fontes Diegues, conhecido como Cacá Diegues. O cineasta morreu aos 84 anos na madrugada desta sexta-feira, 14, por complicações de saúde após passar por uma cirurgia. O velório será realizado neste sábado, 15, a partir das 9h, na sede da ABL, no Rio de Janeiro.Em 2018, Cacá foi eleito Acadêmico na sucessão do também cineasta Nelson Pereira dos Santos. “A carreira de Cacá Diegues abrange mais de cinco décadas, nas quais ele destacou com maestria a identidade cultural do Brasil, com temas sociais e políticos de maneira sensível e inteligente. Cacá foi ainda um defensor implacável da liberdade de expressão e contribuiu como poucos para o crescimento do cinema brasileiro”, diz a nota da instituição.Na homenagem, a ABL afirmou que o cineasta deixou um enorme legado para a cultura brasileira. Merval Pereira, presidente da Academia, disse que Diegues entrou na instituição por ser um grande pensador. “Em tudo o que fazia, no cinema, nos escritos e nos debates da Academia Brasileira de Letras sempre tinha uma visão holística da cultura brasileira.”O comunicado emitido pela Academia Brasileira de Letras contém homenagens de inúmeros Acadêmicos. Para Edmar Bacha, a morte de Cacá Diegues é uma “perda irreparável para a cultura brasileira”. Ruy Castro definiu o colega como um grande pensador do Brasil. “Carregou o cinema brasileiro nas costas quase sozinho durante anos, quando poucos acreditaram nele”, completou.Heloisa Teixeira se orgulha de ter convivido com o cineasta, enquanto Jorge Caldeira disse que Diegues dedicou sua vida toda a colocar o Brasil na arte.”Cacá era a mais doce das criaturas e ao mesmo tempo um corajoso guerreiro, um brasileiro apaixonado pelo seu país. Garantiu a sobrevivência do cinema brasileiros nos piores momentos. Apostou na cultura e na inteligência como práticas da liberdade e assim tornou-se, de fato, imortal. Éramos vizinhos e amigos. A Floresta em que vivemos amanheceu triste”, disse Rosiska Darcy de Oliveira.*Estagiária sob supervisão de Charlise Morais
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