Polícia de SP identifica suspeito de mandar matar delator do PCC assassinado no Aeroporto de Guarulhos


Emílio Carlos Gongorra Castilho começou a ser procurado assim que o dia amanheceu. Os policiais fizeram buscas em 26 endereços, mas não o encontraram. Polícia de São Paulo identificou o suspeito de mandar matar o delator do PCC
Reprodução/TV Globo
A polícia de São Paulo identificou o suspeito de mandar matar o delator do PCC Vinicius Gritzbach.
Emílio Carlos Gongorra Castilho começou a ser procurado assim que o dia amanheceu. Os policiais fizeram buscas em 26 endereços. Recolheram celulares, pendrives, levaram parentes de Emílio para prestar depoimento, mas não o encontraram.
Segundo a polícia, o homem conhecido como João Cigarreiro ou Bill atua no tráfico internacional de armas e drogas em parceria com o PCC e o Comando Vermelho.
A suspeita é de que Emílio esteja escondido na Vila Cruzeiro, uma da comunidade na zona norte do Rio. Foi lá que, em dezembro de 2024, os investigadores localizaram Kauê do Amaral Coelho. Ele está foragido e é apontado como o “olheiro” que deu sinal para a chegada dos assassinos de Vinícius Gritzbach em 8 de novembro de 2024.
Durante a investigação, os policiais encontraram uma série de vínculos entre Kauê do Amaral e Emílio Gongorra. Depois de analisar mensagens de celular, informações de gps e ouvir dezenas de testemunhas, os investigadores concluíram que Emílio se uniu ao traficante Diego dos Santos Amaral, o Didi, que também está foragido, para mandar matar Vinícius Gritzbach.
O crime teria sido encomendado para vingar a morte de Anselmo Santa Fausta assassinado em dezembro de 2021, na zona leste de São Paulo. E também pelo fato de Gritzbach ter feito acordo de delação premiada com o Ministério Público.
Vinícius Gritzbach negava ter mandado matar Anselmo.
“O inquérito vai ser concluído com o mandante sendo o Cigarreira, por esses motivos e por conta principalmente dessa delação em que ele passa a expor os negócios que o PCC estava se envolvendo de forma lícita. Quer dizer, lavando dinheiro com dinheiro do tráfico ou seja lá o que for, de postos de gasolina, lavando dinheiro e participando inclusive de outros ramos”, comenta Ivalda Aleixo – Diretora do DHPP-SP.
Em depoimento, Gritzbach disse que foi sequestrado por Emílio Gongorra em janeiro de 2022 e ameaçado de morte.
“O João olhou pra minha cara e disse: ‘Vinicius, não me leve a mal, perguntas são para ser perguntadas e serem respondidas.’ Eu falei: ‘o que está acontecendo?'”, disse Vinicius em depoimento para a polícia.
A polícia já prendeu três policiais militares suspeitos de terem participado diretamente da execução. Eles negam envolvimento no crime.
Vinicius Gritzbach
Reprodução/TV Globo
LEIA TAMBÉM
Polícia faz operação para prender suspeito de ser o mandante do assassinato de delator do PCC morto em aeroporto
Polícia suspeita que mandante do assassinato de delator do PCC esteja escondido no Complexo da Penha, no Rio
PF indicia delegado e mais 4 policiais civis de SP acusados de extorquir dinheiro de delator do PCC
Adicionar aos favoritos o Link permanente.