Clima extremo causou 800 mil mortes e prejuízo de US$ 4,2 trilhões em 30 anos

Um estudo divulgado pela organização ambiental Germanwatch revela o impacto devastador das mudanças climáticas nas últimas três décadas. Entre 1993 e 2022, mais de 9.400 eventos climáticos extremos, incluindo enchentes, secas, tempestades e ondas de calor, causaram a morte de quase 800 mil pessoas e prejuízos econômicos que somam US$ 4,2 trilhões.

O Índice de Risco Climático 2025, publicado nesta segunda-feira (12), aponta que os países do Sul Global foram particularmente afetados pelos impactos desses eventos extremos. Dominica, China e Honduras lideram a lista dos países mais atingidos por inundações, tempestades e ondas de calor desde 1993.

Três países da União EuropeiaItália, Espanha e Grécia – também aparecem entre os dez mais afetados globalmente no período analisado. Na Itália, as ondas de calor e suas consequências foram responsáveis por mais de 38 mil mortes, especialmente nos anos de 2003 e 2022.

Falta de recursos

“A crise climática está se tornando cada vez mais um risco global de segurança e deve ser enfrentada com ações multilaterais ousadas”, afirma Laura Schaefer, chefe da Divisão de Política Climática Internacional da Germanwatch. Ela ressalta que os dados dos países do Sul Global podem estar subestimados devido à menor capacidade de registro em comparação com as nações do Norte Global.

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O estudo também destaca a urgência de maior apoio financeiro para os países mais vulneráveis. “As perdas totais de US$ 4,2 trilhões nos últimos 30 anos são comparáveis ao PIB inteiro da Alemanha. Quanto menos investirmos em mitigação e adaptação hoje, mais impressionantes serão os custos humanos e econômicos no futuro“, alerta David Eckstein, consultor sênior de Finanças e Investimentos Climáticos da organização.

A próxima cúpula climática no Brasil deverá abordar a falta de financiamento climático adicional para apoiar os mais vulneráveis no aumento de suas capacidades adaptativas e no enfrentamento adequado das perdas e danos causados pelos eventos extremos. Os especialistas ressaltam que é urgente que os países intensifiquem suas ações de mitigação para manter o aquecimento global abaixo ou o mais próximo possível de 1,5°C.

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