Ações da TIM (TIMS3) saltam 5% após números do 4T24 e anúncio de proventos; hora de comprar?

As ações da TIM engataram alta após resultados do quarto trimestre de 2024 (Imagem: Divulgação/ Tim)

As ações da TIM (TIMS3) abriram o pregão desta terça (11) liderando as altas do Ibovespa (IBOV), após uma série de comunicados que agradaram o mercado. Às 12h10 (horário de Brasília), as ações subiam 5,12%, a R$ 16,64. Acompanhe o tempo real.

Conforme o balanço divulgado na segunda-feira (10), a TIM (TIMS3) registrou um lucro líquido praticamente em linha com o esperado por analistas no quarto trimestre de 2024, ao mesmo tempo em que divulgou novas projeções para o período de 2025 a 2027, que incluem o pagamento de até R$ 4,1 bilhões aos acionistas este ano.

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A companhia apurou lucro líquido normalizado de R$ 1,06 bilhão no período, avanço de 17,1% na comparação com o mesmo período em 2023, enquanto analistas esperavam um lucro de R$ 1 bilhão, segundo estimativas compiladas pela LSEG.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) normalizado da companhia somou R$ 3,3 bilhões no período, 6,2% acima do registrado no trimestre encerrado em dezembro de 2023, com margem Ebitda normalizada de 50,5%, versus 50,2% um ano antes, também em linha com as expectativas.

Ainda, a companhia de telecomunicações anunciou o pagamento de R$ 200 milhões em juros sobre o capital próprio (JCP), conforme aprovado pelo conselho de administração da empresa de telecomunicações. O valor bruto por ação é de R$ 0,082624038.

Na avaliação do BTG Pactual, os números não surpreenderam, com um crescimento de 5,1% no ano em receita de serviços, praticamente em linha com as estimativas do banco e consenso, enquanto a a receita de serviços móveis atingiu R$ 6 bilhões, um avanço de 5,4% na base anual.

Por outro lado, a receita de telefonia fixa permaneceu estável em relação ao ano anterior, ficando 3% abaixo das estimativas e 2% abaixo do consenso. Carlos Sequeira e equipe, que assinam o relatório, pontuam que, no entanto, este não é um negócio relevante para a TIM.

Para os analistas, a telecom apresentou um crescimento do fluxo de caixa operacional sólido em 2024, com um aumento de 23% no ano e sinalização de uma expansão robusta nos próximos anos.

Os analistas destacam positivamente as projeções (guidance) de dividendos novo plano estratégico, de
R$ 13,5-14 bilhões para 2025-2027. “Projetamos R$ 4 bilhões em 2025, R$ 4,5 bilhões em 2026 e R$5 bilhões em 2027, totalizando R$13,5 bilhões para o período – ou seja, estamos na faixa inferior da expectativa da companhia”, ponderam.

Para o BTG, estar abaixo abaixo das projeções da empresa para a geração de fluxo de caixa operacional e dividendos é positivo, pois abre espaço para surpresas positivas. A recomendação do banco é de compra, com preço-alvo de R$ 22.

Já o Goldman Sachs aponta a receita e o Ebitda do quarto trimestre em linha com as estimativas do banco e do consenso

No entanto, os analistas Vitor Tomita e Milena Okamura notam que, embora o crescimento da receita do serviço móvel de 5,4% no ano estivesse em linha com as estimativas, as receitas pré-pagas foram mais fracas do que o Goldman esperava e a receita do serviço móvel se beneficiou significativamente de um grande pico na receita da plataforma do cliente.

A recomendação para TIMS3 é neutra, com preço-alvo de R$ 16,50.

TIM anuncia fim de parceria com C6 Bank

Em meio ao balanço, projeções e proventos, a TIM ainda informou ao mercado que encerrou sua parceria com o C6 Bank, colocando fim às disputas sobre o assunto e encerrando quatro processos arbitrais em andamento.

Ao longo da parceria, a TIM obteve o direito a uma participação minoritária no capital do banco, resultando em uma receita bruta total de aproximadamente R$ 280 milhões.

Além disso, a operadora afirma que a combinação de serviços financeiros com telefonia móvel trouxe impactos positivos em outras áreas do negócio, como no aumento da fidelização de clientes, além do aumento da digitalização na compra de recargas e no pagamento de faturas.

Firmada em 2020, a parceria começou a enfrentar impasses já no ano seguinte, quando o C6 manifestou interesse em encerrá-la. A TIM, no entanto, se opôs à decisão e recorreu à arbitragem para tentar manter o acordo.

Na avaliação da XP Investimentos, o resultado do acordo é positivo, uma vez que a empresa conseguiu monetizar sua participação no banco, concluindo a litigação e abrindo novas possibilidades para parcerias no setor financeiro com modelos semelhantes a esta, que vê como bem-sucedida.

“Além disso, os recursos do acordo poderão eventualmente ser utilizados para aumentar o pagamento de dividendos”, avalia o analista Bernardo Guttmann.

Com informações da Reuters