Berlim amanhece sem transporte público devido à 2ª greve para exigir salários mais altos

O transporte público não funcionará, nesta segunda-feira, 10, em Berlim, capital da Alemanha, devido à segunda greve de advertência dos funcionários da empresa de transporte metropolitano Berliner Verkehrsbetriebe (BVG) na atual rodada de negociações por aumento salarial, após o sindicato ter rejeitado uma primeira oferta por considerá-la insuficiente.

Portanto, das 3h (hora local) de hoje até o mesmo horário de terça-feira, bondes, metrô e a maioria dos ônibus urbanos não estarão circulando em Berlim.

O sindicato criticou em um comunicado a oferta apresentada pelo conselho de administração da BVG em 31 de janeiro, dizendo que ela não era nada “generosa”, como a empresa a descreveu, pois significaria uma perda significativa de salários reais para os funcionários ao não compensar a inflação dos últimos anos.

A oferta rejeitada pelo ver.di incluía aumentos salariais escalonados de 2,5%, 4,5% e 7% – dependendo da faixa salarial – para 2025 e um aumento de 2,5% em cada um dos três anos seguintes.

“Entramos em negociações para conseguir um aumento em nossos salários. O fato de que a direção agora quer cortar nossos salários em termos reais realmente irrita nossos colegas”, disse Janine Köhler, membro do comitê de negociação de ver.di e presidente do comitê geral de funcionários da BVG.

O negociador-chefe de ver.di, Jeremy Arndt, chamou de “cortina de fumaça” o aumento salarial de 15% oferecido por BVG e exigiu uma negociação sem jogo de números.

O sindicato ressalta que, devido à longa duração do antigo acordo coletivo, os drásticos aumentos de preços desde 2021 não puderam ser levados em consideração na evolução salarial, de modo que, enquanto os preços aumentaram cerca de 19% desde aquele ano, os salários na BVG aumentaram apenas 4,5% neste período.

Mesmo com o aumento salarial oferecido pela empresa em 31 de janeiro, a perda salarial real ainda será de 7,5%, acrescentou.

O sindicato está exigindo um aumento salarial de 750 euros ao mês com uma vigência de 12 meses para os cerca de 16 mil funcionários da BVG, um salário integral adicional e bônus de 300 euros para turnos alternados e 200 euros para cada tipo de turno.

A empresa de transporte público reconhece a necessidade de atualização salarial, mas rejeita as exigências do sindicato por ser “inviável financeiramente”.

A próxima rodada de negociações está marcada para amanhã.

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