Hugo Motta descarta pautar pedido de impeachment de Lula na Câmara: ‘Legitimamente eleito pelo nosso povo’

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), descartou a possibilidade de pautar os pedidos de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O parlamentar disse nesta sexta-feira avaliar que a medida traria “mais instabilidade” para o Brasil.

— O presidente Lula foi legitimamente eleito pelo nosso povo. Está respaldado pelo nosso povo para governar e tem agora que corresponder a confiança da população brasileira — afirmou Motta em entrevista à rádio Arapuan FM, de João Pessoa.

O impeachment de Lula é uma demanda da oposição nos últimos meses. A recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de bloquear R$ 6 bilhões do programa Pé-de-Meia é destacada por bolsonaristas, que argumentam que o governo teria cometido uma “pedalada fiscal” — mesmo argumento jurídico utilizado no impeachment de Dilma Rousseff. As informações são do Jornal O Globo.

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Na mesma ocasião, Motta disse que os atos de 8 de janeiro não foram uma tentativa de golpe e defendeu que não haja “exagero” na punição aos condenados pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

— Foi uma agressão às instituições, uma agressão inimaginável, ninguém imaginava que aquilo pudesse acontecer. Ninguém imaginava que aquilo pudesse acontecer. Querer dizer que foi um golpe? Golpe tem que ter um líder, golpe tem que ter uma pessoa estimulando, apoio de outras instituições interessadas, como as Forças Armadas. E não teve isso. Ali foram vândalos, baderneiros, que queriam demonstrar sua revolta achando que aquilo ali poderia resolver talvez com o não prosseguimento do mandato do presidente Lula.— disse Motta.

O presidente da Câmara também defendeu que não haja “exagero” nas punições contra os condenados do 8 de janeiro, em relação a pessoas que não cometeram “atos de tanta gravidade”.

—Você não pode penalizar uma senhora que passou na frente lá do Palácio, não fez nada, não jogou uma pedra e receber 17 anos de pena para regime fechado. Há um certo desequilíbrio nisso. Nós temos de punir as pessoas que foram lá que quebraram que depredaram, essas pessoas sim, precisam e devem ser punidas para que isso não aconteça novamente. Mas entendo que não dá para exagerar no sentido das penalidades com quem não cometeu atos de tanta gravidade—complementou Motta.

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