Donald Trump propõe acabar com canudos de papel nos EUA: ‘não funcionam’

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira, 7, que pretende assinar, na próxima semana, uma ordem executiva para acabar com o que chamou de “ridículo impulso de Biden pelos canudos de papel”.

“Assinarei uma ordem executiva na próxima semana encerrando o ridículo impulso de Biden pelos canudos de papel, que não funcionam. DE VOLTA AO PLÁSTICO!”, declarou Trump em sua rede social, a TruthSocial.

A promessa reforça a postura do presidente contra regulações ambientais e políticas sustentáveis implementadas no governo Biden, como a redução do uso de plásticos descartáveis em operações federais.

No entanto, a ordem executiva pode ter impacto limitado, já que não há uma lei federal que obrigue o uso de canudos de papel nos Estados Unidos. As restrições existentes foram implementadas por estados e cidades de forma independente.

Desde 2018, vários estados americanos aprovaram leis para restringir o uso de canudos plásticos descartáveis. Entre eles estão:

  • Califórnia – Restaurantes só podem fornecer canudos plásticos se o cliente solicitar.
  • Washington – Desde 2022, estabelecimentos não podem incluir automaticamente canudos plásticos em pedidos.
  • Oregon e Maine – Restrições semelhantes, exigindo que os clientes peçam o canudo plástico.

O governo federal, então, não tem poder direto sobre essas leis locais. Ainda assim, Trump pode revogar medidas adotadas pelo governo anterior, como a eliminação gradual de plásticos descartáveis em operações federais até 2035.

O ‘revogaço’ de Trump

A guerra cultural em torno dos canudos de papel e plástico reflete um embate maior entre sustentabilidade e desregulamentação ambiental.

Durante o governo Biden, a administração anunciou medidas para reduzir a poluição por plásticos, citando impactos ambientais e de saúde pública.

Trump, por outro lado, tem revertido diversas políticas ambientais e de ESG (Environmental, Social and Governance, na sigla em inglês), incluindo a retirada dos EUA do Acordo de Paris e a suspensão de restrições sobre poluentes industriais.

O presidente dos EUA também assinou uma série de ordens executivas que revogam políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI) implementadas nas administrações anteriores. As medidas impactam diretamente o setor público, as forças armadas, universidades e até empresas privadas, sinalizando um retorno à contratação baseada exclusivamente no mérito.

Entre as principais ações, Trump determinou a eliminação dos escritórios federais de DEI, colocou funcionários dessa área em licença remunerada e revogou a Ordem Executiva 11246, de 1965, que exigia ações afirmativas para contratantes federais.

“Terminamos com programas governamentais radicais e desperdiçadores de DEI e preferências” (EO 14151), declarou o presidente ao assinar a ordem.

Trump também revogou múltiplas ordens da era Biden que promoviam diversidade e equidade dentro do governo. Agora, qualquer tipo de preferência baseada em raça, gênero ou identidade de gênero será considerada ilegal em contratações e admissões universitárias.

Na educação, o Departamento de Educação recebeu ordens para orientar universidades a cumprirem a decisão da Suprema Corte que restringiu ações afirmativas nos processos seletivos.

O setor militar também foi impactado. Trump ordenou a abolição de programas de diversidade dentro das Forças Armadas e determinou a reavaliação da política sobre membros transgêneros no serviço militar.

As alterações no setor privado

O setor privado não ficou de fora das mudanças. Trump instruiu o Departamento de Justiça e outras agências federais a investigar empresas que adotem práticas de DEI que possam ser consideradas “discriminação ilegal”.

No âmbito da contratação federal, ele simplificou processos, proibindo que empresas contratadas pelo governo sejam pressionadas a “equilibrar suas forças de trabalho” com base em raça, gênero ou orientação sexual.

Essas ações representam uma ruptura drástica com políticas de inclusão defendidas por administrações anteriores. Enquanto críticos afirmam que a medida pode aumentar desigualdades e prejudicar minorias, apoiadores comemoram o fim do que chamam de “políticas identitárias” no governo.

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