Mucio destaca apreço a Lula e escola de Sargentos para seu “fico”

Por Magno Martins – exclusivo para a Folha de Pernambuco

Após um período de especulações sobre se continuaria no comando do Ministério da Defesa, o ministro José Mucio Monteiro revelou, em entrevista à Folha de Pernambuco, que vai permanecer no cargo até o fim de 2025 por dois motivos. O primeiro, por ser amigo e fazer parte da cota pessoal do presidente Lula (PT), e o segundo porque ele precisa fazer com que o projeto da Escola de Sargentos para Pernambuco seja irreversível, pois, segundo Mucio, alguns Estados do Nordeste já fazem propostas para que a escola seja transferida.

“O Ceará, mesmo já sediando obras do ITA, também tem interesse em abrigar a Escola de Sargentos. Se ele sentir que o projeto está travado em Pernambuco, ele vai demonstrar ainda mais interesse. Enquanto eu estiver no Ministério este risco não existe, quero aproveitar este ano para tornar este projeto irreversível”, disse o ministro.

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Segundo Múcio, as obras do ITA no Ceará estão bastante avançadas, pois o Governo cearense abraçou a causa. “O governo lá abraçou a causa. A Câmara, a Federação de Indústria, a Associação Comercial, lá houve uma mobilização do Estado a favor disso”, afirmou.

Questionado sobre os processos do atentado golpista de 8 de janeiro que estão em andamento, Mucio disse que ainda aguarda o resultado de vários inquéritos. “Vinte e sete oficiais foram indiciados. Nós não sabemos o que vai sobrar dessas delações que estão ocorrendo na Polícia Federal. Eu acho que, ao longo desse ano, nós vamos ter algumas coisas, algumas novidades, vamos precisar estar por perto para ajudar”, disse.

“Eu estou querendo que isso chegue ao final para que deixe de pairar sobre as Forças Armadas essa nuvem de suspeição, que incomoda, evidentemente, os inocentes, né?”, questionou Mucio.

Sobre a reforma ministerial prevista para os próximos dias, Mucio disse que ela é uma realidade, porém não deve ser tão grande como está prevista. “O presidente está com problema em algumas áreas, como por exemplo a economia, onde provavelmente ele irá mexer. Este foi um dos motivos que ele pediu para que eu permanecesse no cargo, porque aqui não há problema. O que ele não quer é que, onde não há problema, surja. Por isso decidi ficar”, concluiu o ministro.

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