Lula diz que tem aliança forte com PSD e que não é hora de discutir vice de 2026

O presidente Lula (PT) afirmou nesta quarta-feira (5) que ainda é cedo para definir seu vice-presidente para 2026 e destacou ter uma forte aliança com o PSD, partido de Rodrigo Pacheco, ex-presidente do Senado e possível candidato ao governo de Minas Gerais nas próximas eleições.

“Eu não posso definir a chapa de 2026. Eu tenho apenas uma ideia, não há um prazo fixo, há um tempo: a eleição de 2026”, afirmou em entrevista a rádios de Minas. O vice-presidente do atual mandato, Geraldo Alckmin, é filiado ao PSB.

Ainda ao falar sobre a aliança com o PSD, Lula reforçou sua vontade de que Pacheco seja o próximo governador de Minas Gerais e voltou a desviar da pergunta sobre dar algum ministério ao ex-presidente do Senado. As informações são da Folha de São Paulo.

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“Acho que o Pacheco tem o direito de tirar férias, descansar, temos todo o tempo do mundo e, quando voltar, eu gostaria de uma reunião com o PSD, com a participação dos ministros do PSD e dizer o que a gente vai fazer”, disse às rádios Itatiaia, Mundo Melhor e BandNews de Belo Horizonte.

“Olha, o meu sonho com o Pacheco: eu estou tentando há muito tempo mostrar que ele é a figura pública mais importante de Minas Gerais e que, se ele quiser ser governador, ele poderá, é só ele querer para a gente trabalhar para que ele possa ser eleito. Ele vai ter que decidir.”

Ao ser questionado sobre a possibilidade de passar o comando da pasta de Minas e Energia para Pacheco, Lula elogiou o atual ministro, Alexandre Silveira, e disse que ele ficará no cargo.

“Não tenho pressa de fazer nenhuma reforma. Vou fazer os ajustes quando eu achar necessário”, afirmou. “Ele será mantido ministro porque não há por que mexer numa coisa que está fazendo a revolução no setor energético brasileiro e no setor de minas deste país.”

No mês passado, a relação entre o governo e o PSD sofreu abalos depois que o presidente do partido, Gilberto Kassab, fez duras críticas à política econômica conduzida pelo ministro Fernando Haddad (PT).

Aliados do presidente Lula enxergaram nas declarações um sinal de que não está garantido o apoio do PSD à sua reeleição, ainda que que a sigla tenha três ministros no seu governo. Há também a avaliação de que o partido aproveitará o momento de fragilidade do Executivo para ampliar seu espaço na Esplanada.

As declarações de Kassab ocorreram no mesmo dia em que o senador Omar Aziz (PSD-AM) criticou a escolha da presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), para a Secretaria-Geral da Presidência.

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