Dólar volta a cair e renova mínima a R$ 5,81 após acordo entre México e EUA; moeda caminha para a 11º queda consecutiva

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O dólar à vista engatou a 10ª queda consecutiva e encerrou janeiro com a maior queda mensal desde junho de 2023 (Imagem: Getty Images)

O dólar à vista (USDBRL) chegou a subir mais de 1% na manhã desta segunda-feira (3) e encostou em R$ 6 com a imposição de tarifas de importação pelo governo Trump contra o Canadá, a China e o México. Mas, no início da tarde, a moeda inverteu o sinal e passou a cair.

Por volta de 13h12 (horário de Brasília), a divisa norte-americana bateu mínima intradia a R$ 5,8195 (-0,29%) na comparação com o real. Na máxima intradia, a moeda alcançou R$ 5,9049 (+1,07).

O desempenho acompanha a tendência vista no exterior. No mesmo horário, o indicador DXY, que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, subia 0,38%, aos 108,764 pontos.

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O que mexe com o dólar hoje?

O dólar à vista ganhou força pela manhã desta segunda-feira (3) com a efetivação das tarifas de importação pelos Estados Unidos. Donald Trump impôs uma tarifa de 10% de tarifas sobre os produtos chineses, 25% sobre os produtos mexicanos e os canadenses — com exceção apenas do setor de energia, que enfrentará uma tarifa de 10%.

O republicano também já sinalizou que deve anunciar tarifas contra a União Europeia em breve.

Com isso, o mercado começou a precificar uma nova guerra comercial — que interromperia as cadeias de suprimentos globais, reacenderia a inflação e desaceleraria a economia global.

Contudo, no início da tarde, a presidente do MéxicoClaudia Sheinbaum, anunciou um acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para pausar tarifas de 25% durante um mês.

Em uma publicação feita na rede social X, nesta segunda-feira (3), Sheinbaum afirmou que teve uma conversa com o presidente norte-americano, “com grande respeito” pelo relacionamento entre os dois países.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou a conversa e disse estar “ansiosa” para negociar as tarifas com a presidente mexicana, que será acompanhada pelos Secretário de Estado Marco Rubio, Secretário do Tesouro Scott Bessent e Secretário de Comércio Howard Lutnick, durante um mês.

No Brasil, a pressão sobre o real é menor tendo em vista que Trump ainda não cumpriu nenhuma promessa de taxação sobre os produtos brasileiros.

Na semana passada, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, caso os Estados Unidos imponham tarifas de importação contra o Brasil, o país retribuirá com a mesma alíquota sobre os produtos norte-americanos, em entrevista a jornalistas.

Por aqui, o mercado também acompanha a retomada das atividades no Congresso Nacional, agora sob o comando de Davi Alcolumbre no Senado e de Hugo Motta na Câmara dos Deputados.

Além disso, os investidores locais aguardam a divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central amanhã (4). Na última quarta-feira (29), o BC elevou os juros para 13,25% ao ano, como o esperado, e manteve a projeção de uma nova alta de 1 ponto percentual na reunião do colegiado em março.

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