Com João Fonseca de top 100, Brasil busca superar favoritismo da anfitriã França na Copa Davis

O Brasil aposta na ascensão do agora top 100 João Fonseca (99º) para superar o favoritismo da França na primeira fase do qualificatório da Copa Davis — torneio de seleções no tênis. Os cinco confrontos acontecem neste fim de semana (hoje e amanhã), no Palais des Sports Jean Ros, em Orleães-FRA, no piso duro coberto, a partir de 10h (de Brasília), com transmissão do canal DSports (SKY+).

Além do tenista de 18 anos, o time brasileiro conta com Thiago Wild (76º) e Matheus Pucinelli (302º) em simples, enquanto os duplistas Rafael Matos (38º) e Marcelo Melo (39º) fecham o quinteto. Já o francês tem Ugo Humbert (15º), Arthur Fils (19º), Giovanni Mpetshi Perricard (30º), Benjamin Bonzi (62º) e Pierres-Hugues Hebert (179º).

Por ter participado pela primeira vez das finais da Copa Davis — novo formato passou a valer em 2019 — no ano passado, a equipe garantiu a vaga na rodada inicial da fase classificatória. Conhecido como a “Copa do Mundo” do tênis masculino, o torneio ocorre em melhor de cinco jogos, ou seja, avança quem vencer três vezes. Cada duelo entre seleções tem quatro partidas individuais e uma em duplas. 

Quem abre o confronto do lado brasileiro é justamente João, que terá pela frente uma missão indigesta: o número 15 do mundo, Humbert, que parou nas oitavas de final do Australian Open para o vice-campeão Alexander Zverev-ALE. Apesar de não ser favorito, o brasileiro já vivenciou o clima de Copa Davis nas finais de 2024, quando estreou com duas vitórias (Raphael Collignon-BEL e Botic van de Zandschulp-HOL) e uma derrota (Matteo Berrettini-ITA).

Além disso, João já provou que tem repertório técnico para bater jogadores de elite, como foi o caso na primeira vitória em uma chave principal de Grand Slam contra o russo Andrey Rublev, à época nono do ranking, no Australian Open. Na casa do adversário, o jovem talento tem mais uma oportunidade para se firmar entre os melhores do mundo e criar uma “casca” física e mental para cenários adversos como esse em um breve futuro.

— Bastante coisa mudou depois da Austrália. Consegui atingir o top 100 esta semana. Acho que o João Fonseca está crescendo, mas segue com o mesmo objetivo, tentar buscar a vitória esta semana. É uma quadra mais rápida do que outdoor (descoberta), mas estou acostumado. Joguei bastante indoor (coberta) no final do ano, então, consegui aprender melhor. Estou bem ambientado — destacou João, em declaração à Confederação Brasileira de Tênis (CBT).

No outro embate do dia, Thiago, que acumula duas derrotas e ainda não ganhou na temporada de 2025, busca reencontrar o caminho das vitórias contra o top 20 Fils. Com apenas 20 anos, um dos principais tenistas da nova geração francesa tem a vantagem de ter levado a melhor no único confronto entre eles até aqui (ATP 250 de Santiago-CHI). Por outro lado, ele perdeu as duas partidas diante do João (ATP 500 do Rio Open e Next Gen Finals) no circuito, o que já provoca um ar de freguesia ou revanche no terceiro confronto. Wild também baterá de frente com Humbert.

— Acho que, se eu encontrar com o Fils nesse confronto, será diferente. Competir representando o país é diferente. Dá uma força, um nervosismo a mais, mas, com certeza, ele leva isso. Faz parte do tênis. A gente vai reencontrando cada vez mais com jogadores e tem que saber lidar com isso — disse.

Após o encerramento dos duelos em simples, Matos e Melo enfrentam, neste domingo, Bonzi e Hebert nas duplas. O vencedor do confronto enfrentará, em setembro deste ano, Croácia ou Eslováquia na segunda e última rodada do qualificatório. Quem passar dessa fase, disputará, de 18 a 23 de novembro, em Bologna, Itália, as finais da Copa Davis, entre as oito melhores seleções do mundo.

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