Estado reduz casos de gravidez na adolescência

Crianças de mães adolescentes frequentemente enfrentam condições de vida mais difíceis. Prevenir a gravidez na adolescência é fundamental”

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Imagem: Reprodução/Freepik

A cada ano há menos crianças e adolescentes que se tornam mães, segundo dados divulgados pelo governo do Estado, com base no Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (Sinasc). É o sétimo ano consecutivo que essa estatística é reduzida.No ano passado, aconteceram 4.977 partos de nascidos vivos de mães com idade entre 10 e 19 anos, uma redução de 11% em comparação com 2023 (5.549). Já de 2018 até 2024, a redução foi de 33,3%. Para Carolina Marcondes, subsecretária de Atenção à Saúde, esses resultados positivos mostram a efetividade das ações do governo.“Esse é um marco para a saúde pública. Foi alcançado através de várias ações de educação e saúde realizadas pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), em parceria com os municípios. Um dos protagonistas dessa redução é o programa Saúde na Escola”, comentou.O programa promove a conscientização de crianças e adolescentes em 1.955 escolas dos 78 municípios capixabas. “Ele beneficia mais de 510 mil alunos, levando a eles orientações em todas as temáticas da vida, inclusive, educação sexual e prevenção de doenças sexualmente transmissíveis”.ConsequênciasGinecologista especialista em saúde feminina na infância e na adolescência, Georgia Brito alerta que a gravidez precoce traz várias consequências. Para a mãe, explica, há riscos elevados de complicações de saúde, como hipertensão, anemia, parto prematuro e dificuldades emocionais, além da interrupção dos estudos e da carreira profissional. Já para o bebê, os riscos incluem maior probabilidade de nascer prematuro, com baixo peso ou malformações.“É crucial que as famílias mantenham um diálogo aberto sobre sexualidade, contracepção, sexualidade responsável e ensinar sobre o uso de métodos contraceptivos e a importância do respeito mútuo nos relacionamentos. É essencial para evitar a gravidez precoce”.A ginecologista também celebra a redução nos números, mas alerta que a gravidez na adolescência ainda exige atenção. Ela aconselha os pais a manterem um ambiente de confiança.

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