Não basta criticar Haddad; o PSD precisa, pra ser coerente, deixar o governo de Lula, diz Vilmar Rocha

“Criticar o ministro da Fazenda, Fernando Haddad? Ok. A política econômica pode e deve ser questionada. Mas não se deve desviar o foco e trocar o essencial pelo acessório. Digamos que, amanhã, o presidente Lula da Silva troque o czar da economia por outro economista: o que mudará? Nada, possivelmente. Então, a essência é outra: a crítica de Gilberto Kassab — que, a rigor, não está errada no todo — deve ser outra. Ele deve apontar que o ‘x’ do problema é o governo do petista-chefe, não apenas o gestor da economia”, afirma o ex-deputado federal e ex-presidente regional do PSD Vilmar Rocha.

“Então, apoio a declaração de Gilberto Kassab, mas amplio o foco. Me posiciono, para ser coerente, contra a permanência de integrantes do PSD no governo Lula da Silva. Por consequência, sou contra ao aprofundamento das relações político-administrativas com a gestão do petista. O partido não deve reivindicar mais cargos”, assinala Vilmar Rocha.

Fernando Haddad: foco da crítica tem de ser o governo Lula e não o ministro em si | Foto: Divulgação

O ex-deputado federal sublinha que a atual conexão do PSD com o governo de Lula da Silva e com o PT não é programática nem por convicção. “Na verdade, interessa não ao partido, e sim a alguns de seus membros, que querem ser ministros, ocupar espaço. Por isso, defendo que o certo — o ético — é o PSD deixar, de vez, o governo do PT, com o qual, se falarmos em termos de princípios, não concorda”, postula Vilmar Rocha.

Coerente é defender aliança de centro pra presidente

“O certo — o correto — é o PSD deixar o governo de Lula da Silva e articular uma aliança de centro para as eleições presidenciais em 2026. O PSD precisa assumir posições, abandonando o pragmatismo de ocasião ou para beneficiar alguns de seus personagens”, enfatiza Vilmar Rocha. “Qual é o membro do PSD que está no governo que representa realmente o partido? Nenhum. O partido precisa ampliar a crítica interna, a autocrítica.” (E.F.B.)

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