Membro de igreja é preso suspeito de abusar de seis crianças na Serra

O homem de 65 anos negou os crimes à polícia, e está preso no Centro de Detenção Provisória da Serra

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Divulgação:Sesp | Montagem: TribunaOnline

Um homem de 65 anos, integrante de uma igreja na Serra, foi preso preventivamente por cometer diversos abusos sexuais em crianças com idade entre 5 e 10 anos, na casa onde mora com a esposa e três filhos. Dentre as seis vítimas identificadas, três eram sobrinhas do criminoso, que trabalhava como motorista de trator.Mesmo após os abusos, outras crianças continuavam a frequentar a casa do abusador, que negou os crimes à polícia, e está detido no Centro de Detenção Provisória da Serra. Algumas das vítimas moravam na mesma rua que o criminoso, e continuaram a vê-lo por anos após os abusos, que ocorreram entre 2005 e 2012.Na última quinta-feira (23), uma advogada representando quatro vítimas, que hoje são maiores de idade, foi até a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA). A profissional relatou que o homem é conhecido como pastor, e que levava as vítimas para casa com autorização das famílias, por ter credibilidade na igreja que frequenta.A titular da DPCA, delegada Thais Cruz, detalha o caso: “Ele dizia que levaria as crianças para brincar com as filhas dele na piscina da casa onde mora, e os pais deixavam porque o enxergavam como um homem íntegro. As próprias vítimas se referiam a ele como pastor. O curioso é que, na época, as filhas dele tinham 10 anos de diferença das crianças”.Ainda de acordo com a delegada, todas as vítimas relataram que o abuso acontecia de forma similar, o abusador as levava para a piscina, e dizia que faria uma brincadeira de redemoinho. No momento em que a água ficava agitada, ele passava as mãos nas partes íntimas das crianças, por dentro dos biquínis.”Na época dos abusos, a casa do homem estava em construção. Ele fazia com que as crianças brincassem com cimento para ficarem sujas, e depois dava banho nelas. No chuveiro, ele forçava beijos na boca, mostrava o órgão genital, dizia que ia brincar de papai e mamãe, e as obrigava a praticar sexo oral”, declarou.Vítima relatou abusos após terapia psicológicaUma das vítimas começou a fazer terapia psicológica após os 20 anos de idade, e só então conseguiu falar sobre os abusos para a irmã, que alertou a vítima que outras crianças também frequentavam a casa do homem.”Após conversar com a irmã, essa vítima decidiu entrar em contato com outras mulheres que também iam até a casa do abusador quando ela era criança. Todas relataram que foram abusadas, e sempre da mesma forma”, disse a delegada.Os crimes que aconteceram antes de 2009 prescreveram, mas foram utilizados como elementos para as investigações. A titular da DPCA afirma que denúncias são fundamentais.”Recomendamos que procurem a Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente. Mesmo que alguns crimes tenham acontecido há anos, muitas vezes não estão prescritos, e podemos agir”, pontuou.

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