O fator que definirá o crescimento dos grãos no Brasil, segundo CEO da SLC Agrícola (SLCE3)

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(Montagem: Money Times)

O CEO da SLC Agricola (SLCE3), Aurélio Pavinato, reforçou a importância do Brasil no suprimento alimentar global, com o país sendo hoje o principal exportador de grãos do mundo.

Durante painel do Latin America Investment Conference (LAIC), evento do UBS, o diretor-presidente da SLC disse que o que definirá a produção e exportação brasileira nos próximos anos será a demanda internacional.

Para Pavinato, o Brasil está preparado para atender este crescimento na demanda, já que o país planta 55 milhões de hectares em culturas anuais, que com a inclusão da 2ª safra, chega a 85 milhões de hectares. 

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“A demanda internacional nos últimos 50 anos cresceu 2% ao ano quando eu consolido todos os produtos, todos os grãos oleaginosos. Quanto vai crescer a demanda nos próximos 25 anos? Vai continuar crescendo 2% ao ano? Provavelmente não. Nós temos no mínimo mais 30 milhões de hectares para expandir a área do meio da safra, incluindo a segunda safra. Nós temos capacidade de expandir a nossa área plantada em 50 milhões de hectares, facilmente“, apontou.

O Brasil como maior produtor global de grãos

Nos próximos 20 anos, o CEO da SLC Agrícola enxerga o Brasil produzindo 130-140 milhões de hectares por ano, desbancando China e Estados Unidos em grãos. Todo ano, a demanda cresce 2% a nível global, enquanto a produtividade avança 1,5%.

“Se a demanda internacional continuar crescendo de uma velocidade maior do que o crescimento da produtividade, como tem acontecido, ou seja, tivemos uma expansão de área em 0,5% a nível mundial, ao passo que o Brasil expandiu 2,2%. Somos o país que mais cresceu em área plantada nos últimos 25 anos e em produtividade”, explica. 

Pavinato ainda ressalta que a soja é a “rainha das proteínas vegetais”, tendo desbancado o trigo nos últimos 10 anos no cenário internacional.

“A soja fez uma revolução na nutrição mundial. Ela é a fonte primária da proteína, que depois vira a proteína animal. O Brasil já está exercendo esse papel importantíssimo do suprimento alimentar mundial. Felizmente, não temos escassez de recursos para expandir a produção, uma expansão sem desmatar, um avanço sem desmatar. Não precisamos mais desmatar para expandir a produção de grãos no Brasil”. 

Quanto aos alimentos, a demanda deve crescer, na visão de Pavinato, com uma taxa de crescimento menor nos próximos 25 anos.

“Isso porque a população cresceu, nos últimos 50 anos, 1,5% ao ano, e nos próximos 25 anos ela vai crescer 0,5% ao ano, somente. E com a nossa produtividade, que crescemos todos os anos na média mundial (1,3% na soja e 1,5% no milho), avançamos 1,4% ao ano na produtividade. A produtividade tem um papel fabuloso no suprimento alimentar, produzindo mais com menos recursos”.

 

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