Lula e Diniz precisam do mesmo: se reinventar após fracassos recentes

Pela primeira vez no terceiro mandato, o índice de desaprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) superou o de aprovação. De acordo com a pesquisa da Quaest divulgada nesta segunda-feira, 27, 49% dos entrevistados desaprovam o atual governo, enquanto 47% avaliam a gestão como positiva e 4% não sabem ou não responderam.

No mesmo dia, mas no mundo do futebol, o Cruzeiro também anunciou oficialmente a demissão do técnico Fernando Diniz. Pela equipe mineira, ele teve um aproveitamento de 35% em 20 jogos, incluindo quatro vitórias, nove empates e sete derrotas. Essa também foi a terceira demissão nos últimos dois anos, considerando que ele passou pelo Fluminense e comandou a Seleção Brasileira, cargos dos quais também não permaneceu.

Embora sejam áreas completamente distantes, é possível traçar um paralelo entre a Presidência da República e o cargo de treinador de futebol: tanto Lula quanto Diniz se veem na necessidade urgente de se reinventar.

Começando por Diniz, ele precisa ajustar seu esquema tático e deixar de lado o “Dinizismo”, que lhe rendeu altos e baixos na carreira. É verdade que ele foi campeão da Libertadores pelo Fluminense em 2023, mas também coleciona diversas demissões em um curto período de tempo.

De 2018 para cá, passou por Guarani, Athletico Paranaense, Fluminense (duas vezes), São Paulo, Santos, Vasco da Gama e Cruzeiro, além de ter comandado a Seleção Brasileira. Em todos esses clubes, ele sempre começava bem, mas o trabalho desmoronava, tanto taticamente quanto internamente. Por exemplo, Fluminense foi campeão da Libertadores em 2023 e quase foi rebaixado no ano seguinte.

Assim como Diniz precisa abandonar seu esquema tático, que gera posse de bola sem converter em gols e resultados, Lula também precisa deixar para trás os erros do passado e a dependência da aprovação dos membros de seu próprio partido.

Por exemplo, a remoção da carga ideológica de seu governo é essencial, e ele poderia começar retirando Márcio Pochmann do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Circulam pela mídia nacional diversas denúncias de que o atual presidente do IBGE está utilizando o instituto sério como um “espaço de panfletagem”.

Ao mesmo tempo, Lula também precisa se livrar da sombra da taxação e permitir que Haddad faça o ajuste fiscal voltado para cortes nos gastos. Sim, o aumento da arrecadação é essencial para o ajuste fiscal, mas o brasileiro não aguenta mais ouvir a palavra “imposto”. Agora, Haddad precisa ampliar seu pacote de cortes de gastos.

Vale também reverter decisões, como a tributação de compras de empresas chinesas por meio de aplicativos e sites. Ao mesmo tempo, é importante buscar novas estratégias e mecanismos para regular mais eficazmente o mercado de apostas no Brasil, lembrando que a nova legislação está em vigor desde o início deste ano.

Como o próprio Lula disse a respeito de Diniz, é preciso ‘criatividade’ e ‘personalidade’, como afirmou em 2023, após o anúncio do treinador no comando da Seleção Brasileira, para resolver esses e outros problemas não citados. Vale lembrar que saúde, educação e outras áreas também são fontes de preocupação no cenário brasileiro.

Lembrando que já se passaram dois anos de mandato e logo Lula estará disputando a reeleição e o inédito quarto mandato como presidente do Brasil.

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