O segundo túmulo do Padre Pelágio

Não foi preciso o Vaticano reconhecer a santidade do Padre Pelágio. Os fiéis goianos já fizeram isso quando ele ainda estava entre nós. Muita gente se dirigia à Matriz de Campinas para receber uma bênção dele ou apertar sua mão. Outros tantos iam até Trindade para agradecer ao Divino Pai Eterno e ser abençoado pelo Padre Pelágio. Ele veio da Alemanha para o Brasil no começo do século passado e foi em Goiás que sua presença marcou para sempre a vida dos fiéis. Pelágio visitava as comunidades, ministrava os sacramentos e acolhia as pessoas.

Goiânia parou no dia 23 de novembro de 1961, quando o missionário redentorista faleceu. Uma multidão acompanhou o cortejo até o Cemitério Santana onde seu corpo foi enterrado. Se havia romaria à Matriz de Campinas ou ao Santuário do Divino Pai Eterno, agora os romeiros caminhavam até o cemitério para pedir a intercessão do Padre Pelágio. Alguns fiéis viram um líquido saindo do túmulo e não pensaram duas vezes para colocá-lo em alguma parte enferma do corpo ou levar para outras pessoas. As autoridades de saúde alertaram os fiéis sobre o perigo daquele líquido que poderia ser originário da decomposição do corpo e poderia gerar inúmeras doenças.

Em 2009, seus restos mortais foram trasladados para a Matriz de Campinas e ficaram depositados neste lugar que se vê na foto. O antigo túmulo no Cemitério Santana até hoje guarda o nome e a foto do Padre Pelágio. Anos depois, seus restos mortais foram novamente trasladados para a Igreja do Santíssimo Redentor, em Trindade, onde repousam em definitivo. O processo de beatificação do Padre Pelágio está em andamento no Vaticano. Mas, para os fiéis goianos, ele já é santo e pede a Deus por nós.

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