Ibovespa descola das máximas de NY e fecha em queda com fiscal e Trump; dólar cai a R$ 5,92

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O Ibovespa fechou em queda pelo segundo dia consecutivo com possível novo programa do governo brasileiro e falas de Trump (Imagem: iStock/Lemon_tm)

A aversão ao risco local aumentou na reta final do pregão e o Ibovespa (IBOV) estendeu as perdas pelo segundo dia consecutivo. Novas declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também pressionaram — com repercussão nos ‘pesos-pesados’ do índice.

Nesta quinta-feira (23), principal índice da bolsa brasileira terminou a sessão com queda de 0,40%, aos 122.483,32 pontos.

Já o dólar à vista (USBRL) encerrou as negociações a R$ 5,9255 (-0,35%). Na mínima intradia, o dólar foi cotado a R$ R$ 5,8745 (-1,21%). 

No cenário doméstico, a notícia de que o governo avalia um possível programa para fornecer alimentos com custo reduzido por meio de uma rede popular de abastecimento. O objetivo do programa, segundo a Bloomberg, é combater a inflação e aumentar a popularidade do governo.

Poucos minutos antes do fechamento do mercado, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a iniciativa de subsídios para baixar os preços dos alimentos tratava-se de “boataria”.

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Altas e quedas no Ibovespa

Entre os ativos negociados no Ibovespa, as ações da Marfrig (MRFG3) lideraram a ponta positiva do índice com a revisão positiva do Goldman Sachs sobre a companhia.

O banco reiterou a recomendação de compra e elevou o preço-alvo de R$ 19,30 para R$ 21,80, após aumentar a a estimativa de Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) de Marfrig, excluindo os resultados de BRF, em 7% — totalizando R$ 904 milhões no quarto trimestre de 2024.

Banco do Brasil (BBAS3) também figurou entre as maiores altas com o BTG Pactual reiterando a recomendação de compra para os papéis do banco. Já  Braskem (BRKM5) subiu pelo quinto dia consecutiva ainda em reação ao anúncio de investimento de R$ 614 milhões em sete projetos na Bahia, no Rio Grande do Sul e em Alagoas, para ampliar a capacidade de produção.

Já na ponta negativa, as petroleiras foram o destaques. Petrobras (PETR4;PETR3), por exemplo, chegou a cair mais de 1%, puxada pelo desempenho do petróleo.

A commodity foi pressionada por falas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, ele afirmou que pedirá à Arábia Saudita e à Organização dos Países Exportadores e Petróleo (Opep) a redução dos preços do barril

Ainda entre os pesos-pesados, Vale (VALE3) encerrou o pregão em queda em meio às incertezas sobre a imposição de tarifas comerciais pelo governo Trump. O presidente dos EUA disse apenas que deve manter uma “boa relação com a China” — país que é o maior comprador de minério de ferro brasileiro.

Exterior 

Nos Estados Unidos, as bolsas de Wall Street renovaram máximas nesta quinta-feira (23) em meio a novas declarações do presidente Donald Trump e a expectativa pela decisão sobre os juros do Federal Reserve (Fed) na próxima semana. Em destaque, S&P 500 bateu um novo recorde intradia e de fechamento.

Em discurso no Fórum Econômico Mundial, em Davos, Trump disse que a imposição de tarifas no comércio exterior “levará bilhões, e até trilhões, de dólares ao Tesouro” do país.

Ele ainda afirmou que pedirá à Arábia Saudita e à Organização dos Países Exportadores e Petróleo (Opep) a redução dos preços do petróleo.

“Se o preço caísse, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia terminaria imediatamente”, afirmou Trump, que participou do evento de forma virtual. “Neste momento, o preço está alto o suficiente para que a guerra continue — é preciso baixar o preço do petróleo”.

Trump ainda disse que exigirá uma queda imediata nas taxas de juros. “Com a queda dos preços do petróleo, exigirei que a taxa de juros caia imediatamente e, da mesma forma, elas deveriam estar caindo em todo o mundo”, disse. Para isso, o republicado considerou conversar com presidente do Fed, Jerome Powell, “no momento apropriado”. “Espero que o Fed me escute”, em discurso na Casa Branca no final da tarde.

Vale lembrar que o Fed sinalizou que os juros devem permanecer elevados por algum tempo. A reunião do Comitê Federal de Política Monetária (Fomc, na sigla em inglês) deva acontecer entre os dias 28 e 29 de janeiro. A expectativa de é que o BC norte-americano mantenha os juros inalterados na faixa de 4,25% a 4,50% ao ano.

Confira o fechamento dos índices de Nova York:

  • S&P 500: +0,53%, aos 6.118,71 pontos — no maior nível de fechamento da história;
  • Dow Jones: +0,92%, aos 44.565,07 pontos;
  • Nasdaq: +0,22%, aos 20.053,68 pontos.

++ Notícias

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